O Ministério Público do Rio pediu, nesta sexta-feira (25), a prisão dos policiais militares envolvidos na ação que resultou na morte de Thiago Flausino, de 13 anos, na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. Um relatório da Corregedoria da PM apontou que os agentes tentaram “plantar” uma arma de fogo no local da morte e usavam carros particulares durante a operação.
Diego Pereira Leal, Aslan Wagner Ribeiro de Faria, Silvio Gomes dos Santos e Roni Cordeiro de Lima foram indiciados pela PM nessa quinta-feira (24) por fraude processual. Eles são cabos do Batalhão de Choque.
“Até hoje a gente não teve o nosso luto, por causa da luta que estamos enfrentendo. Tem muita gente envolvida nesse caso e não vamos parar até que todos sejam presos. O conjunto foi todo violento. Foram indiciados os quatro, mas e os outros? Não adianta ‘reciclar’ e eles ficarem impunes", desabafa o pai do adolescente, Diogo Flausino.
O documento da corregedoria apontou também que houve omissão de socorro e abuso de autoridade, com a intenção de omitir e divulgar informações incompletas para atrapalhar as investigações. As informações foram confirmadas por fontes da Rádio BandNews FM.
Para a mãe de Thiago, Priscilla Menezes, ainda há muitas perguntas sem respostas. Toda a comunidade se juntou a pede justiça pela morte do jovem.
"Thiago era uma pessoa alegre, feliz, tinha sonhos, queria jogar futebol. Era responsável, treinava, ia todo dia para a escola. Ele era a alegria da casa", diz Priscilla.
Familiares do adolescente acreditam que ele foi vítima de uma execução. Para comprovar isso, os próprios parentes conseguiram reunir testemunhas e treze vídeos de câmeras de segurança. Todo o material foi entregue à polícia e à Defensoria Pública.
A Band Rio teve acesso aos vídeos. Eles mostram o momento em que o carro com os quatro policiais segue a moto em que Thiago estava. Depois disso, ele leva três tiros e não resiste aos ferimentos. O caso aconteceu no dia 7 de agosto.
*Sob supervisão de Christiano Pinho.
