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Mulher morre depois de ser agredida com escavadeira manual pelo companheiro

O caso aconteceu na última quinta (23), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Valquiria Celina Ferreira Santos, de 35 anos, ainda foi internada, mas não resistiu.

Felipe de Moura*

Valquiria Celina Ferreira Santos morreu na noite desta quarta-feira.
Valquiria Celina Ferreira Santos morreu na noite desta quarta-feira.
Reprodução

Valquiria Celina Ferreira Santos morreu na noite desta quarta-feira (29), no Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, depois de ser agredida pelo companheiro com uma escavadeira manual. A mulher de 35 anos teria sido vítima de feminicídio, motivado por ciúmes do namorado. Eles se relacionavam há 8 meses.

Segundo a família de Valquiria, o relacionamento dos dois era muito conturbado e marcado por ameaças de morte por parte do suspeito do crime, Júlio Cesar Perrone Gomes, de 32 anos, que foi detido hoje (30), por policiais civis da 56ª DP (Comendador Soares).

Na madrugada da última quinta (23), a mulher teria sido espancada até ficar desacordada pelo namorado, que usou até uma escavadeira manual para bater na vítima. A família diz que ele começou a agredir ela depois do casal voltar de um bar, por conta de ciúmes por parte de Júlio. O filho de 10 anos da vítima encontrou a mãe agonizando em casa.

“A relação era de muita briga, ele tinha muito ciúme, oprimia ela. Ela quase não saía de casa porque só tinha que sair com ele. Ela só podia ficar dentro de casa, não podia nem ir na minha casa. Uma vez, ele ia agredir ela perto de mim e eu não deixei. Ele já quebrou minha janela com uma enxadada e botou fogo no meu carro”, contou Mauro da Silva Santos, de 60 anos, pai da Valquiria.

Segundo Mauro, no dia do crime, o neto dele, de 10 anos, viu a mãe toda ensanguentada, agonizando e sem roupa em casa.

“Eu mesmo botei uma roupa nela e socorri. Levei ela até o Hospital da Posse. E ele sumiu, ninguém sabia para onde ele foi. Uma pessoa falou que ele fez isso tudo de modo pensado, porque ia roubar o dinheiro dela. Ela chegou a ter traumatismo craniano, teve três paradas cardíacas, conseguiu se reabilitar, mas depois não deu. Eu sei que é triste, eu vou chorar muito no sepultamento. Mas estou falando porque eu quero a justiça”, disse Mauro.

De acordo com o hospital, a vítima chegou em estado grave e passou por um exame de tomografia, que identificou hemorragia e fraturas cranianas. Ontem, a paciente apresentou uma piora e faleceu, no período da tarde. Na sequência, o corpo foi encaminhado para o IML para perícia.

O corpo de Valquíria, que deixa um filho de 10 e outro de 8 anos, foi sepultado nesta quinta, no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu, no Centro da cidade.

*Estagiário sob supervisão de Natashi Franco