A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), em conjunto com a Polícia Civil, a Polícia Federal e o INEA, realizaram, nesta quarta-feira (26), uma ação em Seropédica e Itaguaí, na Baixada Fluminense, contra milicianos envolvidos em exploração ilegal de areia. A "Operação Areia Legal" vistoriou dez pontos para apreender equipamentos e prender suspeitos da prática desse tipo de crime. Até o momento, nenhum envolvido foi preso.
As dez áreas de extração foram mapeadas pelos agentes via imagens de satélite. Veja a seguir:
"É importante dizer que essa areia é usada como ferramenta para lucro da criminalidade, principalmente a exploração em áreas de milícia. Parte da areia que é extraída aqui é utilizada para construções irregulares em áreas exploradas pela milícia", explicou o vice-governador Thiago Pompolha responsável pelo caso. Ainda segundo ele, um dos objetivos da operação também era deter a ampliação das áreas de milícia no estado do Rio.
As investigações também constataram que as areias obtidas clandestinamente são vendidas a preços mais baixo. "Fazem uma espécie de franquia do crime. Eles exploram os empresários que fazem uso desses territórios para implantação desses ariais, invadem as áreas (...) e aumentam os lucros da milícia", completou o vice-governador do estado.
De acordo com ele, a extração ilegal de areia naquela região, sem licença dos órgãos competentes, tem causado graves danos ao meio ambiente. Além do impacto visual, a utilização dessas cavas de extração também contamina o lençol freático, podendo contaminar, também, as águas que são de consumo humano.
*Sob supervisão de Helena Vieira