Dez pessoas foram baleadas durante uma operação no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, nesta quinta-feira (25). Dessas, seis morreram e outras quatro ficaram feridas. De acordo com a Polícia Militar, o objetivo da ação era coibir o roubo de veículos na região. Este é o segundo dia consecutivo que a polícia faz operação no local.
Os moradores acordaram, mais uma vez, ao som de tiroteio.
Quatro mortos eram suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas, e os outros dois ainda não foram identificados. Dentre os baleados, pelo menos dois eram inocentes.
Mariana Ananias conta que a irmã dela, Ana Luiza Ananias, de 23 anos, foi baleada no punho no momento em que ia deixar a filha, de quatro anos, na creche.
Elciades Fernandes, de 59 anos, foi baleado nas nádegas e no braço enquanto tomava café em uma padaria e precisou ser socorrido por um amigo.
Por causa do tiroteio, duas escolas do Complexo da Penha não abriram, deixando cerca de 170 alunos sem aula. Na Vila Kosmos, quatro escolas foram afetadas, prejudicando 898 alunos.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a Clínica da Família Ana Maria Conceição dos Santos Correia, em Vila Kosmos, interrompeu o funcionamento nesta manhã. E a Clínica da Família Aloysio Augusto Novis, na Penha Circular, suspendeu as visitas domiciliares.
Ontem, outra operação policial assustou moradores que vivem no local. Quatro criminosos morreram durante o confronto com os agentes. O objetivo da ação era capturar criminosos vindos de outros estados e que se refugiavam na comunidades, além dos chefes que comandam a facção criminosa na região.
A operação de ontem (24) e a de hoje estão correlacionadas.
A Polícia Militar também reforçou a segurança na comunidade do Juramentinho, na Zona Norte do Rio, utilizada como rota de fuga pelos criminosos.
*Sob supervisão de Helena Vieira