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Petroleiro é acusado de importunação sexual por funcionária terceirizada

A mulher também afirmou que foi vítima de assédio, injúria racial e ameaças. Uma medida protetiva foi tomada para a segurança da funcionária

Júlia Zanon*

Petroleiro é acusado de importunação sexual por funcionária terceirizada
Centro de Pesquisas da Petrobras, na Ilha do Fundão, onde o crime aconteceu
Reprodução

Um petroleiro do Centro de Pesquisas da Petrobras, na Ilha do Fundão, na Zona Norte do Rio, é acusado de importunação sexual por uma funcionária terceirizada. A mulher procurou a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio para denunciar o caso, que teria acontecido no ambiente de trabalho. Uma medida cautelar foi tomada para proteger a denunciante.

Em depoimento para a Polícia Civil, a funcionária de limpeza afirmou que Cristiano Medeiros de Souza se aproveitava do cargo hierárquico para praticar atos libidinosos contra ela. A mulher afirmou ter sido vítima de assédio, importunação sexual, injúria racial e ameaças.

As investigações começaram depois que a auxiliar de limpeza procurou a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro, que indiciou Cristiano por importunação sexual.

A denunciante declarou que o petroleiro a elogiava, mas achava que era “gentileza”. Em junho do ano passado, ela disse que Cristiano chegou a esfregar três vezes o pênis em suas nádegas, mesmo com as recusas dela. Ela diz que ele ainda a xingava e a surpreendia pelas costas. Quando ela reclamava, o denunciado balançava o crachá e mandava ela ficar em silêncio, segundo o MP.

Ainda segundo a funcionária, o homem pratica atos de importunação contra ela desde que começou a trabalhar no local – há oito anos. Ela ainda disse que, ao contar o fato para a sua encarregada, descobriu que o mesmo petroleiro já havia sido denunciado por outras funcionárias.

A Justiça determinou que Cristiano Medeiros de Souza mantenha 300 metros de distância da denunciante. Caso a medida não seja cumprida, ele poderá ser preso.

A Petrobras afirmou que o denunciado não faz mais parte da empresa e que foi desligado assim que a denúncia foi feita.

A defesa de Cristiano negou todas as alegações.

*Sob supervisão de Christiano Pinho