Três pessoas foram presas e duas são consideradas foragidas após a operação da Polícia Civil contra um grupo de garotos de programa. Fábio dos Santos Pita Junior, conhecido como Pedro Dominador, é apontado como chefe da quadrilha e foi preso em casa, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Nas redes sociais ele ostentava uma vida de luxo, mostrando carros e motos de alto valor.
Também foram detidos Ronaldo da Silva Gonçalves e Cynara Ferreira da Silva. Entre os foragidos está Carlos Henrique Paixão.
O grupo utilizava sites de relacionamentos especializados para fazer contato com as vítimas, marcava encontros, e então, após as relações amorosas, eles começavam a ameaçar os clientes. O grupo dizia possuir dados bancários das vítimas, além de vídeos e fotos íntimas, e as chantageavam para que fizessem transações financeiras de alto valor para que o material não fosse vazado.
As ameaças aconteciam em sua maioria através de mensagens de áudio. O promotor Sauvei Lai, responsável pela denúncia, afirma que até parentes das vítimas eram procurados.
“Eles eram contratados por clientes e depois extorquiam esses clientes sob a ameaça de divulgar fotos íntimas para família e para colegas de trabalho”.
Uma dessas vítimas chegou a transferir R$ 73 mil aos criminosos que, não satisfeitos, passaram a ameaçar o pai dela. Eles chegaram a ir na casa dele para exigir o dinheiro.
De acordo com o delegado Álvaro Gomes, as investigações começaram há cerca de um mês, depois que uma das vítimas procurou a delegacia e denunciou as chantagens que sofria de Fábio dos Santos.
“O que nos levou a representar por essas prisões foi a informação de uma vítima que teria procurado um garoto de programa num site específico, e depois que teve o seu momento íntimo com ele, passou a ser ameaçado, que o criminoso passou a extorquir o dinheiro dela, ameaçando que se ele não fizesse os pagamentos que ele estava exigindo, iria tornar pública a relação que eles tiveram, inclusive enviando dados para os familiares deles”.
Segundo a Polícia, pelo menos cinco pessoas foram vítimas da quadrilha. A investigação segue para tentar identificar outros envolvidos e outras possíveis vítimas.
Nós não localizamos as defesas dos citados até o fechamento da reportagem.
Sob supervisão de Christiano Pinho*