A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense investiga a morte de Renan Amorim da Silva, motorista de aplicativo assassinado no último domingo (9), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
O carro onde estava o homem de 27 anos bateu no muro depois da vítima ter levado três tiros, enquanto trabalhava, em Comendador Soares. Ele tinha acabado de deixar uma passageira em casa, quando foi morto. Em depoimento à polícia, a mulher contou que logo que entrou na residência, ouviu uma freada brusca e na sequência, os disparos. Ele morreu antes do socorro chegar. Depois, a Polícia Civil fez uma perícia no local para tentar encontrar provas que levem aos executores.
Renan, que sonhava ser policial militar, tinha deixado a esposa na igreja e iria buscá-la depois de fazer essa última corrida. Porém, com a demora, Vanessa de Oliveira Ramos pediu a ajuda de familiares para tentar encontrar o marido.
“Ele me deixou na igreja e falou para mim para avisar para ele quando acabasse. Aí falei que ele podia vir e ele disse que era a última corrida. E realmente foi a última corrida. Eu estava tentando até meia noite falar com ele e não conseguindo. Aí pedi ajuda para o pai, para a irmã. Só depois, a polícia ligou para o pai dele”, disse Vanessa.
Inicialmente, o caso foi registrado como latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Porém, a família descarta essa possibilidade.
“Eu não acredito que tenha sido isso (latrocínio). Nem a família dele, nem ninguém, porque o carro não tem uma marca de bala. O celular velho, que sumiu, estava todo trincado. Eu acredito que tenha sido confundido com alguém, ele não tinha inimizade, nada. Ele era uma pessoa muito alegre, muito amada por muita gente”, comentou a esposa de Renan.
Um celular velho foi levado pelo assassino. Mas o celular novo, a carteira e a aliança do motorista ficaram no veículo, que era alugado.
A Polícia Civil informou que nenhuma hipótese está descartada. Além de ouvir testemunhas, os investigadores analisam imagens de câmeras de segurança do bairro para tentar encontrar o responsável pelos disparos.
“Eu espero justiça, que seja feita a justiça. Estão assassinando, matando, com certeza da impunidade. Nós queremos saber quem é, quem foi que fez isso”, complementou Vanessa.
*Sob supervisão de Natashi Franco