A vítima aparece em um vídeo de circuito de segurança às margens da rodovia. Ele sai de um bar, aparentemente alterado, pega a moto, faz um retorno e depois se choca com a Porsche.
Apesar do veículo estar registrado no nome de Renan, um homem identificado como Pablo Gonçalves Pinto se apresentou como motorista na hora do atropelamento. Os dois se conheciam e chegaram a trabalhar juntos. Ambos são tratados como autores do crime de homicídio.
Alguns momentos antes do acidente, um frentista disse que viu Renan em um posto de combustível sozinho com a Porsche. Imagens de câmeras de segurança mostraram o momento em que ele calibra o pneu do carro no estabelecimento.
Segundo a testemunha, o influenciador deixou o posto dirigindo o veículo. O profissional disse que reconheceu o investigado porque ele já tinha parado no estabelecimento algumas vezes. Ele também lembrou do perfil do suspeito nas redes sociais.
O frentista também apontou que Renan deixou o local em alta velocidade e chegou a disputar a força de motor com outro carro. Ele disse que ficou sabendo do acidente poucos minutos depois de Renan sair do posto. A diferença entre as duas localizações é de cerca de 8km.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, Renan não tinha habilitação para dirigir veículos. Em 2022, a Polícia já tratava o influenciador como uma "ameaça para a sociedade", já que ele foi indiciado mais de 180 vezes. A maioria delas por dirigir sem habilitação e por expor a vida de pessoas em risco em via pública.
O advogado do influenciador, Eduardo Velith, alega que tem interesse na entrega do cliente, mas que isso não vai acontecer agora porque estão esperando a investigação do atropelamento se aprofundar. A defesa também afirma que Renan e Pablo Gonçalves não estiveram juntos no dia do atropelamento.
Em nota, a Polícia Civil disse que os agentes estão em busca de testemunhas e imagens para esclarecer todas as circunstâncias do fato.