Adultos entre 50 e 59 anos dentro dos grupos prioritários agora podem se vacinar contra a gripe do município do Rio de Janeiro. A lista agora passa a incluir os trabalhadores de saúde, grávidas e puérperas (mulheres de até 45 dias após o parto), pessoas com deficiência permanente e com doenças crônicas, residentes e trabalhadores de Instituições de Longa Permanência dentro desta faixa etária.
Além disso, a Prefeitura do Rio também vai fazer a repescagem para pessoas com mais de 60 anos e crianças de 6 meses a 5 anos que ainda não receberam o imunizante.
De acordo com o EpiRio, o Observatório Epidemológico da Cidade do Rio de Janeiro, a cobertura vacinal da campanha contra a gripe é de 24%. Ao todo, mais de 600 mil doses do imunizante contra a influenza foram aplicados, mas o objetivo é de alcançar 90% da cobertura de todos os grupos prioritários. A falta de adesão à campanha é um fator que preocupa os especialistas.
"Cada vez mais nós sabemos que a vacina é o melhor meio de evitar casos graves e internação. Acontece que algumas pessoas dos grupos prioritários não querem se vacinar", alertou José Prozza, médico epidemiologista.
Na faixa etária dos idosos com mais de 80 anos, 93.768 doses foram aplicadas. No grupo entre 70 e 79 anos, 172.013 pessoas tomaram o imunizante. Idosos entre 60 e 69 anos receberam 228.614 doses do imunizante. Na faixa de crianças entre 6 meses e 2 anos, 21.224 doses foram aplicadas. Crianças entre 2 e 4 anos receberam 39.064 doses do imunizante. Por fim, na faixa etária dos grupos prioritários da faixa entre 50 e 59 anos, foram registradas 80.696 doses aplicadas.
"Essa é uma questão preocupante. Esses grupos são definidos por indicadores clínico-epidemiológicos por serem os de maior risco ao adoecimento e evolução para formas graves e até óbito", explicou Patrícia Canto, médica pneumologista.
GRUPOS PRIORITÁRIOS
Confira a lista completa dos grupos prioritários para a vacina da gripe:
- Idosos;
- Residentes e trabalhadores de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI);
- Trabalhadores da saúde;
- Crianças de 6 meses a 5 anos;
- Grávidas e puérperas (até 45 dias após o parto);
- Comunidades indígenas;
- Pessoas com deficiência permanente (PcD);
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
- Trabalhadores da educação;
- Funcionários do sistema prisional;
- População privada de liberdade;
- Forças de segurança e salvamento;
- Forças armadas;
- Trabalhadores portuários;
- Trabalhadores de transporte rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
- Caminhoneiros.
*Estagiário sob supervisão de Natashi Franco