Prefeitura e MP do Rio demolem construções irregulares em área da TransOlímpica

Sete imóveis estavam sendo erguidos no local; empreendimentos seriam vendidos pela milícia

Pedro Caruso (sob supervisão de Beatriz Duncan)

Policial ambiental observa demolições Foto: Prefeitura do Rio
Policial ambiental observa demolições
Foto: Prefeitura do Rio

Uma operação da Prefeitura do Rio, em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), demoliu construções clandestinas, nesta quinta-feira (27), em terrenos que foram desapropriados para a construção da Transolímpica, via expressa na Zona Oeste. A área ocupada pela organização criminosa fica a 350m do Parque Estadual da Pedra Branca.

De acordo com o MPRJ, a área trata-se de loteamento ilegal capitaneado pela milícia atuante na região. A mesma quadrilha, responsável pelos empreendimentos, já havia sido denunciada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em 2019, por crimes previstos na Lei de Parcelamento do Solo Urbano.

Os criminosos também foram responsáveis por outros delitos contra o meio ambiente, furto de energia elétrica, extorsão a moradores mediante a cobrança de taxas, falsificação de documento particular, falsidade ideológica e uso de documento falso.

“É justamente através da venda de casas e terrenos que a malta vem promovendo o parcelamento ilegal do solo urbano com a constituição do loteamento clandestino, sem qualquer autorização dos órgãos públicos competentes, com destruição da camada vegetal e do solo”, dizia, em 2020, uma denúncia que deu início a procura destes bandidos.

Também participam da ação desta quinta-feira as secretarias municipais de Meio Ambiente e de Conservação e Serviços Públicos, além do Comando de Policiamento Ambiental da Polícia Militar do Estado.

Ontem (26), o Ministério Público do Rio realizou operação semelhante no Terreirão e derrubou outros dez imóveis.