Com a queda nas temperaturas no Rio de Janeiro, a partir desta quarta-feira (10), um projeto irá disponibilizar 30 vagas para pessoas em situação de rua passarem a noite. A iniciativa faz parte de uma campanha que desde o fim de maio já acolheu mais de 10 mil pessoas.
A proposta vai além do acolhimento e oferece a chance de realocação no mercado de trabalho, pelo segundo ano.
O Rogério é a prova de que o projeto é capaz de mudar vidas. No ano passado ele estava em situação de rua e desempregado. O acolhimento mudou o rumo de sua vida e ele foi contratado como controlador de trânsito.
“O trabalho aqui está permitindo que eu reestruture a minha vida. Cheguei aqui e me senti em uma nova família, já tenho minha casa e estou comprando as minhas ferramentas [de construção] aos poucos. Hoje gosto muito mais da pessoa que eu sou e me tornei”, fala Rogério, emocionado.
Este é o segundo ano da iniciativa NorteShopping Acolhedor, uma campanha de inverno, que busca ajudar quem precisa. A pareceria com a Secretaria de Assistência Social também recebe doações de agasalhos e outras peças de frio. Além do shopping, há mais 184 vagas de acolhimento em abrigos na cidade.
REABRE REFFETORIO GASTROMOTIVA
A solidariedade vai além do acolhimento no Rio. Com a reabertura do Reffetorio Gastromotiva, na Lapa, na Região Central, depois de dois anos, os cariocas em situação de insegurança alimentar receberão suporte.
A organização reabre o espaço comemorando 6 anos de existência e com as tradicionais refeições solidárias. Dessa vez 45 pessoas receberão um menu completo em formato de almoço, assinado pelas chefs Katia Barbosa e Bianca Barbosa e produzido com a ajuda da equipe de cozinheiros do projeto.
Em um período em que 33 milhões de pessoas passam fome, a volta do espaço adquire uma importância ainda maior, segundo o chef, fundador e presidente da Gastromotiva, David Hertz.
“É com muita alegria que reabrimos o Refettorio Gastromotiva para os almoços presenciais. A pandemia nos fez reinventar a utilização desse espaço, e não deixamos de atender a população durante esse período com alimentação de qualidade e dignidade. Mas ele foi pensado para receber e acolher, conectar pessoas através de uma refeição, e queremos voltar a oferecer essa experiência para os nossos beneficiários aqui dentro” fala David.
No espaço do projeto funciona um refeitório com uma cozinha-escola, em que alunos produzem e servem os alimentos a quem precisa.
*Estagiária sob supervisão de Natashi Franco
