Quarenta e nove por cento dos moradores da Região Metropolitana do Rio consideram mudar de bairro. Esse é o maior índice de todas as regiões do país. Um em cada três desses moradores também querem mudar de casa nos próximos dois anos, mostrou pesquisa do QuintoAndar com parceria do Instituto Datafolha.
“Eu estou morando na Taquara. Eu tenho uma “planilinha”, onde eu deixo algumas opções de lugares, com valores e outras situações. Hoje, o Centro seria o top 1 dessa lista, já que é perto do meu trabalho. Eu estou planejando em me mudar em torno de 1 ano, 1 ano e meio”, comentou o fotojornalista Lucas Neves.
Mudar de bairro também é uma opção para 36% dos brasileiros. No caso do Rio, os principais motivos apontados para a mudança são: insatisfação com o bairro em que vivem (31%), realização de projetos pessoais (21%), preferências em relação ao imóvel (19%) e mudança de bairro/cidade (12%).
Os moradores do Rio são os mais insatisfeitos com o bairro onde moram e com os serviços oferecidos. Isso ocorre, devido a qualidade dos serviços e infraestrutura, que receberam notas baixas como atividades de cultura e lazer (4,0), coleta de lixo reciclável (4,6), áreas para a prática de esportes e shoppings centers (ambos com nota 5,0), calçadas conservadas (5,3), segurança (5,4) e áreas verdes (5,7).
“O que chama atenção no Rio são dois dados: O percentual de pessoas que querem mudar do bairro que estão hoje, é quase metade da população. 49% é um índice muito superior ao índice nacional. A gente também tem o índice de motivação que fazem as pessoas quererem se mudar. 31% das pessoas entrevistadas disseram que o principal motivo é da má localização e esse foi também o maior percentual de todas as regiões do Brasil. A insatisfação do morador da Região Metropolitana do Rio está muito ligada aos serviços oferecidos no bairro”, disse o gerente de dados do QuintoAndar, Thiago Reis.
Ao todo, foram realizadas 3.186 entrevistas com a população brasileira, com idade a partir de 21 anos, em todas as cinco regiões do país (Sudeste, Sul, Norte, Nordeste e Centro-Oeste). A pesquisa foi feita por meio de entrevistas pessoais em pontos com bom movimento entre os dias 11 e 21 de outubro de 2021 e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
