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Quatro agentes de segurança são vítimas da violência no Rio nos últimos 2 dias

Dois policiais morreram e dois ficaram feridos em ataques na Capital Fluminense

Felipe de Moura (sob supervisão de Natashi Franco)

Dois policiais morreram e dois ficaram feridos em ataques na Capital Fluminense Reprodução
Dois policiais morreram e dois ficaram feridos em ataques na Capital Fluminense
Reprodução

Quatro agentes de segurança foram vítimas da violência no município do Rio nos últimos dois dias. Dois policiais morreram e dois ficaram feridos em ataques na Capital Fluminense. Os ataques aconteceram em locais isolados uns dos outros.

Nesta terça-feira (23), policiais militares ficaram feridos durante um tiroteio entre os agentes e traficantes, no Morro dos Prazeres, na Região Central do Rio. Ambos foram socorridos no local e tiveram ferimentos leves. A base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade também foi alvo dos tiros dos criminosos. Centenas de alunos, de três escolas da rede municipal, tiveram que se proteger dentro das unidades por risco de bala perdida.

Segundo os policiais, equipes da UPP Prazeres/Escondidinho estavam em patrulhamento de rotina no interior da comunidade quando foram atacados a tiros no “Doce Mel”. Um dos criminosos fugiu durante o confronto.

Um outro ataque aconteceu no entorno da rua Almirante Alexandrino, na mesma região. Um agente foi atingido e socorrido. No mesmo dia, a base principal de uma UPP da região foi atacada, deixando mais um PM baleado. Ele também foi socorrido no local.

POLICIAL CIVIL MORTO

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga ainda a morte do Policial Civil Nilson de Sousa Maia, de 59 anos, que foi encontrado morto no banco do motorista de um carro, em Del Castilho, na Zona Norte do Rio, nesta terça (22).

Disparos foram ouvidos por moradores, que acionaram a Polícia Militar. Ao chegar na cena do crime, os policiais encontraram o corpo do agente com ferimentos. Eles também constataram que o carro apresentava uma marca de tiro no para-brisa. Uma cápsula de pistola 380 foi encontrada no local.

De acordo com a Polícia Civil, as informações do crime indicam que foi um latrocínio (roubo seguido de morte). Testemunhas foram ouvidas e outras serão chamadas para prestar depoimento. Os agentes estão tentando identificar, localizar e prender o(s) autor(es) do crime.

VIGIA MORTO 

Fábio Tavares da Silva, de 42 anos, foi outra vítima da violência do Rio. O vigia morreu durante uma operação policial na comunidade da Guacha, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, nesta terça (22). De acordo com a família, ele estava trabalhando num posto de saúde da favela, quando foi atingido por sete disparos. Os familiares descartam a possibilidade dele ter sido vítima de bala perdida.

Em nota, a PM disse que “ainda não temos informação sobre a quantidade de tiros. As investigações estão em andamento na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Testemunhas estão sendo ouvidas e os agentes continuam em diligências para esclarecer o caso”.

Imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas ainda vão ser analisados. A família já foi intimada a prestar depoimento.

Depois da operação, moradores fizeram um protesto, que fechou a Avenida Automóvel Clube. Nesta quinta-feira (24), Fábio foi enterrado no cemitério de Vila Rosali, em São João do Meriti, também na Baixada Fluminense.