Quatro pessoas foram presas por irregularidades em ferros-velhos na Zona Norte

A operação tem o objetivo de fechar estabelecimentos que fazem a receptação de produtos furtados de concessionárias de serviço público

Pedro Cardoni*

Os ferros-velhos têm a precedência dos materiais e as normais ambientais investigadas Divulgação/Polícia Civil
Os ferros-velhos têm a precedência dos materiais e as normais ambientais investigadas
Divulgação/Polícia Civil

Quatro pessoas foram presas em uma força-tarefa contra ferros-velhos clandestinos na Grande Tijuca e Maracanã, na Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (9). A ação investiga estabelecimentos nos bairros da Tijuca, Praça da Bandeira, Maracanã, Vila Isabel e São Cristóvão.

Os ferros-velhos alvos da operação são suspeitos de serem os primeiros estabelecimentos a adquirir materiais furtados das empresas de prestação de serviço, principalmente das concessionárias de transporte público. Depois, esses comércios distribuem os materiais para grandes recicladoras. Até o momento, 10 estabelecimentos foram fiscalizados e 4 interditados.

Os agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) verificam a procedência dos metais disponíveis para a comercialização. A regularidade das normas ambientes e demais irregularidades também vão ser investigadas pelas Delegacias de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e de Defesa de Serviços Delegados (DDSD).

Os donos dos estabelecimentos também estão sendo orientados sobre a concessão de Registro de Autorização de Funcionamento (RAF) de estabelecimentos comerciais desse seguimento. A regulamentação dessa autorização ocorreu pela Resolução nº 365 de 2022, da Secretaria de Estado de Polícia Civil, em acordo com a Lei 9.169/2021.

A força-tarefa é um desdobramento da operação Caminho do Cobre, que investiga toda a cadeia criminosa, desde os ferros-velhos, até os receptadores dos metais furtados. A região escolhida é estratégica pela incidência desse tipo de crime nas redondezas.

No dia 12 do maio, 13 ferros-velhos foram interditados durante uma operação na Baixada Fluminense. Na ocasião, 13 pessoas foram conduzidas para a delegacia.

As autoridades esperam sufocar os elos de receptação de cabos de cobre, baterias estacionárias, cabos de fibra ótica, materiais de ferrovias, geradores, transformadores e placas metálicas furtadas das concessionárias de transporte público. Essa prática afeta a prestação de serviço essencial para o dia a dia da população, contribuindo para o aumento de atrasos e superlotação em trens, ônibus e BRT.

*Estagiário sob supervisão de Natashi Franco