O município do Rio de Janeiro registrou um aumento de mais de 1.000% nos casos de dengue no início do ano de 2023, se comparado ao mesmo período de 2022. Ao todo, foram registrados 1.858 casos da doença apenas nas nove primeiras semanas, uma média de 28 casos por dia. Os dados são do Observatório Epidemiológico da cidade.
Apenas na Zona Oeste foram registrados 700 casos de dengue. Esse e o maior índice da cidade. Santa Cruz, por exemplo, teve 254 notificações, Guaratiba, 189, e Campo Grande, 92 casos.
A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que acompanha o aumento de casos e que esse aumento acontece devido à sazonalidade da doença.
“Esse ano já fizemos mais de um milhão e 600 mil visitas domiciliares e eliminamos possíveis 240 mil focos nas casas e residências que visitamos”, contou o secretário da Saúde, Rodrigo Prado.
No estado do Rio, os números também são alarmantes. Na primeira semana do ano, 4.500 casos de dengue foram registrados – isso equivale a quase 70 notificações por dia. Além disso, 246 pessoas estão internadas com o vírus. No mês passado, no município de Campo dos Goytacazes, uma pessoa morreu depois de ficar quatro dias internada.
Apesar dos números, os índices de dengue têm diminuído no Estado. Entre a oitava e a nona semana epidemiológica, houve uma queda de quase 60% nas notificações, passando de 658 para 263, quando levamos em consideração os 92 municípios do Rio.
“É importante a população fazer sua parte, uma vez que 80% dos focos estão dentro das residências. Se cada um conseguir retirar pelo menos 10 minutos da sua semana para procurar possíveis focos, como água parada, garrafas abertas, caixa d’agua destampada na sua casa, com certeza nós vamos conseguir reduzir os casos de dengue na cidade”, lembrou o secretário.
No início deste mês, a Anvisa aprovou uma vacina contra a doença. A vacina Qdenga, da empresa Takeda Pharma Ltda, é composta por quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença e protege tanto as pessoas que já contraíram a doença, quanto as que nunca tiveram dengue.
O instituto Butantã também está produzindo uma vacina tetravalente contra o vírus. Caso seja aprovada, a vacina será distribuída pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).
*Sob supervisão de Natashi Franco