Band Rio

Taxista é preso depois de aplicar golpe da maquininha na Zona Sul do Rio

Ele tinha 32 passagens pela polícia e anotações por estelionato

Beatriz Duncan (sob supervisão de Natashi Franco)

Reprodução/TV Bandeirantes

Era para ser apenas uma corrida de táxi na Zona Sul do Rio. Mas a viagem da Vera e da Tania, que duraria cerca de 20 minutos e custaria cerca de R$30 quase acabou em prejuízo. Na manhã desta quarta-feira (4), as duas embarcaram em um carro em Ipanema com destino a Botafogo. Quando chegaram no local de desembarque, perceberam que o valor cobrado pela corrida tinha sido de R$3 mil.

E não foi por acaso. O motorista tentava naquele momento aplicar o golpe da maquininha. Nele, o condutor mostra o valor total para o cliente e digita outro no momento da transação. E com uma fita preta colocada na tela da máquina, as passageiras não tinham como ver o que estava sendo cobrado. Assim, o taxista conseguia enganar as vítimas.

Mas o que o criminoso não contava é que uma notificação fosse enviada para uma das vítimas com o valor total da transação. Quando receberam o alerta com o preço 100 vezes mais caro, elas informaram o taxista mas, na mesma hora, ele acelerou o carro. Em seguida, Vera e Tania abriram a porta do veículo e tentaram pular. Chamando a atenção do entorno, a polícia foi acionada.

O taxista foi preso em flagrante por policiais do Programa Ipanema Presente e confessou que aplicou o golpe em diversos passageiros no mesmo dia. O motorista já tinha anotações pelo crime de estelionato e 32 passagens pela polícia.

GOLPE DA MAQUININHA DO DELIVERY

O golpe da maquininha também vem fazendo vítimas nos aplicativos de entrega e a dinâmica é parecida.

Tudo começa quando um cliente faz um pedido. Durante o processo de entrega, uma pessoa entra em contato e diz ser da plataforma em questão. Ela então informa que o entregador, que já estaria a caminho, teve o pedido extraviado e que um outro funcionário iria prestar o serviço. Na ligação, a pessoa informa que com o pagamento de uma taxa, o cliente receberia o dinheiro de volta referente àquele pedido. No momento da transação, o motoboy acaba mostrando um valor para o cliente e acaba passando outro.

O ator Victor Kalab passou por esse golpe no fim de julho. E assim como Vera e Tania, ele percebeu o crime e conseguiu evitar o prejuízo.

“Para mim já estava na cara que era golpe então eu dei para eles um cartão de débito que tinha só R$10 de saldo. Eles não queriam aceitar dinheiro. E foi quando eu comecei a receber várias notificações no celular com tentativas de pagamento de dois mil reais, três mil reais.”

Segundo dados do Instituto de Segurança Pública, de janeiro a junho deste ano mais de 29 mil casos desse tipo de crime foram registrados no Rio de Janeiro. Isso corresponde a um aumento de 33% em relação ao mesmo período do ano passado.