Terceiro caso de Covid é confirmado no Rio; paciente veio do exterior

179 casos ainda estão em investigação

Beatriz Duncan

Saúde investiga casos suspeitos de Ômicron e Flurona Itamar Crispim/Fiocruz
Saúde investiga casos suspeitos de Ômicron e Flurona
Itamar Crispim/Fiocruz

Mais um caso de Covid-19 com a variante Ômicron foi confirmado no Rio de Janeiro. A paciente é uma mulher de 39 anos vinda do México para o Brasil no dia 13 de dezembro. Ela tomou a dose única da Janssen contra o vírus, mas não tomou a dose de reforço.

Com sintomas leves, no dia do desembarque, a paciente fez um teste de farmácia que teve o resultado positivo. Um sequenciamento genômico confirmou a variante.

Esse já é o terceiro caso confirmado na capital fluminense. Outros dois pacientes, já curados, também foram monitorados pela Secretaria Municipal de Saúde. Outros 179 casos estão sob investigação.

A pasta já considera a transmissão como comunitária, ou seja, já circula pela cidade do Rio.

TESTAGEM EM MASSA

Para aumentar a cobertura de testes na cidade do Rio, a Prefeitura inaugura, nos próximos 15 dias, cinco novos pontos de testagem para Covid-19 em todo o município. O mais recente foi aberto na manhã de hoje (04).

O anúncio foi feito em meio a um aumento no número de casos de Covid-19 na capital fluminense. Nesta semana, a taxa de positividade dos cariocas subiu de 0,7%  para 13%.

FLURONA À SOLTA

A Prefeitura do Rio confirma também dois casos isolados de pacientes contaminados com Covid-19 e Influenza A, simultaneamente no município. Segundo o secretário de Saúde, Daniel Soranz, 17 casos ainda estão em análise.

ÔMICRON PODE SER O INÍCIO DO FIM DA PANDEMIA

Em entrevista à equipe da Band, a pneumologista Margareth Dalcolmo, da Fiocruz, afirmou que a variante Ômicron é altamente mutável, o que apresenta quase a característica de um vírus novo. Ao mesmo tempo, com a queda na agressividade do vírus, ela pode ser o início do fim da pandemia.

“Nós sabemos que o SARS-COV-2 é um vírus que guarda uma capacidade de mutação bastante considerável. Já houve as chamadas variantes de preocupação. Mas é a nossa esperança que a cepa Ômicron seja menos agressiva, menos causadora de casos graves e muito provavelmente um prenúncio de que o vírus tenha perdido a sua agressividade com a taxa de proteção conferida pelas vacinas”, afirma a pneumologista da Fiocruz.