Nesta quarta-feira (15) acontece o terceiro dia de audiência de instrução e julgamento do Caso Henry Borel. A audiência começou por volta de 11h30 da manhã.
As nove testemunhas de defesa de Monique Medeiros, mãe do menino Henry, devem ser ouvidas neste terceiro dia de julgamento. Monique e Jairinho são acusados pela morte da criança e estão presos.
Em frente ao Tribunal de Justiça onde acontece a audiência, manifestantes pedem por justiça e exigem pena máxima para o ex-casal Monique e Jairinho. Parentes da mãe do menino ouviram gritos contra a acusada ao entrar no Tribunal.
Monique se emocionou e mandou beijos para a família ao cumprimentar familiares que prestaram depoimento.
Ontem (14), dez testemunhas passaram pelo tribunal, sendo uma de acusação e nove de defesa. Monique e Jairinho estiveram presentes na sessão. Essa foi a primeira vez que eles se encontraram após a prisão dos dois, em abril. O ex-casal se emocionou com os depoimentos, mas não se olharam em momento nenhum durante a audiência.
A cabelereira Tereza Cristina dos Santos, que atendeu Monique cerca de um mês antes da morte de Henry, foi a primeira a depor. Ela reafirmou que ouviu uma conversa de vídeochamada entre a mãe do menino e a babá, que teria filmado Henry mancando.
Além disso, em seguida, Monique teria ligado para uma outra pessoa pedindo que a babá não fosse despedida e que não dissesse ao menino que ele atrapalhava a mãe. A cabelereira afirmou que não desconfiou do diálogo e continuou fazendo seu trabalho normalmente.
"Ela (babá) estava mostrando que a criança estava meio mancando. Ela (a criança) seguia em um corredorzinho, andando. Ela (babá) queria mostrar que ele tinha machucado o joelho. A única coisa que eu lembro foi a criança perguntando para ela se ele atrapalhava ela", afirmou a cabelereira.
Jairinho e Monique se emocionaram durante o depoimento do pai do ex-vereador, o deputado estadual Coronel Jairo. Segundo Jairo, o casal não brigava muito e a convivência era harmoniosa entre eles.
O policial Sigmar Rodrigues de Almeida, amigo de Leniel Borel, pai do menino, também prestou depoimento. Ele disse que Jairinho fez um comentário que gerou uma animosidade entre o político e Leniel.
"Em um dado momento, o Jairinho bateu nas costas do Leniel e falou: vida que segue, daqui a pouco você faz outro filho e bola para frente. O Leniel ficou indignado e eu também, mas eu falei vamos lá tomar um café e tirei ele do local", revelou o policial.
O próximo passo da Justiça, após essa fase, é marcar o interrogatório dos réus. A expectativa é que a audiência aconteça somente no ano que vem, mas ainda não tem data marcada.
