Terreno onde Flamengo quer construir estádio vai a leilão

Uma liminar chegou a derrubar a licitação, mas foi cassada. O menor lance previsto é de cerca de 138 milhões.

Clara Kury

O presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Guilherme Calmon, suspendeu a liminar de primeira instância que impedia a realização do leilão do terreno do Gasômetro, na zona Portuária do Rio.

O leilão da área tem como o objetivo a renovação urbana da região e acontece nesta quarta-feira (31), as 14:30. O Presidente da TRF2 concluiu que o cancelamento do leilão, na véspera da data marcada, violaria a ordem pública administrativa e traria prejuízos ao programa de renovação da zona Portuária ao afastar possíveis investidores do projeto.

A ordem judicial provisória foi concedida por uma ação popular movida pelo advogado Vinícius Monte Custódia, que argumentou que o terreno desapropriado pelo município seria da Caixa Econômica Federal e que seria necessária uma autorização da União. Além disso, o advogado acreditava que o decreto publicado pela prefeitura não apresentava indícios legais para o procedimento.

A Caixa não comentou sobre a ação judicial em curso.

No início da semana, o Conselho Deliberativo do Flamengo aprovou a participação no leilão para a compra do terreno. O menor lance previsto é de cerca de 138 milhões. O vice-presidente geral Rodrigo Dunshee celebrou o acontecimento.

Hoje é um dia histórico e a realização de um sonho. É uma oportunidade única de o Flamengo poder comprar esse terreno no leilão, a gente não poderia desperdiçar, e os conselheiros apareceram em massa. Quarta-feira a gente vai lá (na Prefeitura) e com certeza vamos conseguir trazer esse terreno para o histórico estádio do Flamengo.