A Polícia Civil concluiu que o tiro que matou a modelo e designer Kathlen Romeu, no Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio, partiu da arma de um policial militar. As informações são da Delegacia de Homicídios da Capital, que deve finalizar o inquérito no início de 2022.
Através de nota, o Ministério Público informou que a perícia esclareceu que o disparo partiu da arma de um policial, mas que ainda não é possível saber de qual agente.
Em junho deste ano, Katlhen, grávida de 4 meses, estava caminhando com a avó pelas ruas da comunidade quando foi atingida no tórax por um tiro de fuzil. O bebê também não resistiu.
Cinco policiais militares foram denunciados, nesta segunda-feira (13), pelo Ministério Público por alterarem a cena do crime da jovem.
De acordo com a denúncia, os cabos Rodrigo Correia de Frias, Cláudio da Silva Scanfela e Marcos da Silva Salviano e o 3º sargento Rafael Chaves de Oliveira, retiraram, antes da chegada da perícia, o material que estava na cena do crime e acrescentaram 10 munições intactas, um carregador de fuzil e 12 cartuchos calibre 9mm.
Ainda segundo o documento, o capitão Jeanderson Corrêa Sodré, apesar de estar no local e ser o superior hierárquico, se omitiu de agir para preservar o local.
O capitão Jeanderson foi denunciado por fraude processual na forma omissiva e os quatro PMs, que alteraram a cena do crime, foram denunciados por duas fraudes processuais e por dois crimes de falso testemunho.
A PM afirmou, através de nota, que todos os agentes envolvidos na ação continuam afastados do serviço nas ruas.