O vendedor de salgadinhos Joeliton da Costa, de 28 anos, conhecido como JN do salgado viralizou nas redes sociais depois de mostrar seu trabalho com bom humor, jargões e trocadilhos. “É JN do salgado, é JN da rajada. Toma, pega, leva que é presente”, ele brinca em uma de suas publicações.
JN é de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O negócio começou com seu pai, Joélio da Conceição Augusto, que montou uma barraca na frente de casa para vender salgadinhos durante a pandemia. Joélio conta que, ao se aposentar, deixou o trabalho para seu filho.
“Coloquei ele para trabalhar comigo. Fui ensinando a fritar e tudo, mas só vendia para aqui perto, nas redondezas. Quando estava perto de me aposentar, passei o posto para ele. Ele é novo, experiente com esses negócios que eu não entendo muito, de internet. Deu certo”, ele conta.
Depois do sucesso na internet, os pedidos que só eram entregues em São João de Meriti passaram a ser encomendados em bairros da cidade do Rio, como em Jacarepaguá e na Barra da Tijuca. O aumento das vendas também teve a ajuda de Wellington Viana, empresário que encontrou JN pelas redes sociais e se interessou pelo seu trabalho.
Depois de Wellington entrar em contato, JN mostrou como fazia todos os salgados: na mão, o que causava dores no braço e muito cansaço. Ele e o pai ficavam até de madrugada trabalhando. O empresário se comoveu com a história e ofereceu uma parceria para ele, que passaria a produzir seus salgadinhos em uma escala maior, com máquinas profissionais.
“Antes, ele fazia 500 salgados na mão. Na máquina, ele faz 5.000 salgados. Ou seja, produz dez vezes o que ele faz na mão, em uma hora. O que ele demoraria para fazer em um dia inteiro, dois dias, ele faz em uma hora na máquina. Por isso que as encomendas dele aumentaram demais, hoje ele consegue atender todo mundo. Tirou a dor, os calos do braço, tudo”, explica o empresário.
JN comemora a parceria com o empresário e agradece pelo sucesso, com muito carinho pelos comentários e curtidas que recebe durante o dia.
“Agora eu tenho a batedeira e é só na rajada, na cor do pecado, para os clientes saírem satisfeitos e apaixonados. Eu coloco os vídeos lá e eles todos comentam e me apoiam, eu tenho que agradecer. Me ligam, falam que são meus fãs. Hoje mesmo veio um cara aqui tirar uma foto comigo. Isso me surpreende, foi de uma hora pra outra, muito rápido, entendeu? Uns dias atrás eu estava vindo do trabalho a pé, hoje em dia estou dando entrevista, graças a Deus. Pra ver que o mundo sempre está girando”, diz.
O pai de JN celebra o sucesso do filho: “Acho que sou um pai mais feliz quando eu vejo um filho assim. Hoje em dia os filhos dão tanto trabalho para os pais, e ver um filho aí, lutando por um ideal, entendeu? Eu estou vendo a alegria dele, da minha esposa e da minha filha. Todo mundo tranquilo”, o pai comemora.
“Eu penso em dar uma vida boa para o meu pai e para a minha mãe, penso em ajudar muita gente, ter uma fábrica e dar trabalho para o pessoal que não tem, que está desempregado. Quero dar uma oportunidade para a garotada nova”, afirma JN.
*Sob supervisão de Christiano Pinho