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Vereador de Duque de Caxias é preso em operação da Polícia Civil

Além do parlamentar, dois policiais militares também foram presos na operação

Thales Teixeira (Sob supervisão)

Carlinhos da Barreira sendo preso
Carlinhos da Barreira sendo preso
Foto: ALEXANDRE SIQUEIRA - TV BAND

O vereador de Duque de Caxias, Carlos Augusto Pereira Sodré, conhecido como Carlinhos da Barreira, e mais dois policiais militares foram presos na manhã desta sexta-feira (22) na operação "Barreira Petrópolis". O parlamentar e acusado de ser o chefe de uma quadrilha que pratica agiotagem e extorsão. Carlinhos, de acordo com o Ministério Público do Rio, oferecia empréstimos e cobrava juros altos. Os dois PMs entravam em ação ameaçando de forma violenta os devedores que não conseguiam pagar.

"A investigação começou no dia 31 de julho de 2020 porque a vítima compareceu a delegacia e relatou que estava sendo ameaçada de morte porque não estava conseguindo pagar os juros que o vereador estava cobrando. O vereador emprestou R$ 1 milhão com juros de 3,5% ao mês, então a vítima tinha que pagar R$ 35 mil por mês para o vereador. Em março de 2020, a vítima não pôde pagar o valor acordado e aí passou a ser ameaçada de morte", esclareceu o promotor do caso, Rogério Sá Ferreira.

Carlinhos da Barreira também irá responder por lavagem de dinheiro e fraude em licitação. Segundo as investigações, em cinco anos, o vereador movimentou cerca de R$ 70 milhões e recebeu recursos de empresas que tem contrato com a Prefeitura de Duque de Caxias.

"A partir das quebras de sigilo bancário e fiscal, nós constatamos uma movimentação astronômica no valor de R$ 70 milhões nas contas do vereador e de suas empresas. Movimentações essas totalmente incondizentes com a renda formal oriunda da vereância e da atividade empresarial por ele desenvolvido", esclareceu o Delegado João Valentim.

O vereador é sócio da empresa Sodré Serviços de Transporte Locação de Máquinas e Equipamentos. Segundo o Ministério Público, apenas uma empresa com contratos com a Prefeitura repassou R$ 8,5 milhões em cento e nove diferentes operações bancárias para as contas do parlamentar.

A operação cumpriu dezessete mandados de busca e apreensão sendo alguns deles na Câmara Municipal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Este é o terceiro mandato consecutivo de Carlinhos da Baixada, o vereador, inclusive, foi o terceiro mais votado nas eleições de 2020.