O enterro de Fábio Tavares da Silva, de 42 anos, morto durante operação policial na comunidade da Guacha, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, vai acontecer nesta quinta-feira (24) no cemitério de Vila Rosali, em São João do Meriti, também na Baixada Fluminense. O caso aconteceu na última terça-feira (22).
O vigia abriu o portão do trabalho, num posto de saúde da região, no momento do confronto entre bandidos e policiais, e foi alvejado.
"Os policiais chegaram atirando em um inocente trabalhando. Eles entram na comunidade e já saem matando, não querem saber quem é quem. Esses policiais precisam ser cobrados" contou Roseli da Silva, irmã da vítima.
Segundo a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que investiga o caso, a vítima foi socorrida por moradores do local e levada para um hospital, mas não resistiu. O caso ganhou repercussão entre os moradores da região. Um protesto foi organizado pelos familiares da vítima em homenagem à Fábio na Avenida Automóvel Clube. Os manifestantes pediram por justiça durante o ato.
Segundo os familiares, o Instituto Médico Legal (IML) constatou que Fábio foi atingido por sete tiros durante a operação e que o homem não foi baleado por acidente.
"Ele morreu injustamente, ele era inocente, estava no local de trabalho. Eles chegaram e tiraram a vida do meu pai. Eles deram sete tiros no meu pai, não foi bala perdida porque bala perdida não acha sete vezes o mesmo corpo" se revoltou Estefani de Oliveira Tavares, filha mais velha de Fábio.
Segundo a Polícia Militar, dois suspeitos foram feridos durante a operação na comunidade e foram encaminhados para o hospital. Com eles, foram encontrados um rádio comunicador e duas pistolas.