Duas mulheres denunciaram casos de violência nesta terça-feira (7). Uma delas estava casada há cinco anos com o agressor e tinha um filho com ele. Outra, foi encontrada nua na estrada, em Casimiro de Abreu, depois de ter sido agredida pelo companheiro dentro do carro.
A primeira vítima foi agredida depois de ter visualizado mensagens do companheiro com outras mulheres. Eles iniciaram uma discussão, foi quando ele aplicou um golpe de mata-leão. Ela caiu no chão, batendo com as costas e com a cabeça. Ela denunciou o crime na delegacia de atendimento à mulher de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e o homem foi preso.
"Quando ela veio para a delegacia, ela estava visivelmente abalada porque ela tinha cinco anos de relacionamento, tinham um filho de quatro anos, ou seja, uma vida inteira. É uma moça jovem, é uma moça que está traumatizada", disse a delegada Mônica Areal, responsável pelo caso.
A outra vítima foi encontrada nua no acostamento da Rodovia Serramar, em Casimiro de Abreu, no Norte do estado do Rio. Ela foi encontrada por um grupo, depois que o agressor fugiu do local. De acordo com as informações, os dois são servidores públicos e trabalham juntos.
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Essas duas histórias são apenas mais um em meio a tantos relatos.
O dia 8 de março é o Dia Internacional da Mulher. Um levantamento mostrou que mais de uma mulher morre por dia no Brasil. A pesquisa, feita pela Rede de Observatórios de Segurança, aponta que a cada quatro horas ao menos uma mulher é vítima de violência no país. O levantamento mostrou que, dos 2.423 casos de violência registrados esse ano, 495 são feminicídios.
No Rio de Janeiro, o número dos casos registrados de violência contra a mulher aumentou 45%. O estado chegou a registrar ao menos um caso de violência a cada 17 horas.
"Trazer à tona esses números, que representam vidas de mães, irmãs, filhas, faz com que os governos possam criar políticas públicas para evitar essas violências e preservar vidas. Afinal, muitos desses casos poderiam ter sido evitados pela quebra do ciclo da violência por meio de ações do Estado e do sistema de justiça", afirmou, em nota, a Rede de Observatório.
*Sob supervisão de Natashi Franco