Um refrão de Jorge Ben Jor fez falta no Carnaval em boa parte do Brasil: “chove chuva, chove sem parar!". Com o país enfrentando calor excessivo ou mesmo onda de calor – quando as temperaturas ficam ao menos 5ºC acima da média por diversos dias –, a folia precisou de hidratação extra e muito protetor solar.
No último fim de semana de blocos de rua, não foi diferente. Segundo a Sala Digital, parceria da Band com o Google, entre os termos relacionados ao calor que mais ascenderam em pesquisas no buscador nas últimas 24 horas, se destacam “passando mal de calor" e “até quando vai a onda de calor?”.
Vamos à boa notícia! O “início extraoficial” do ano deve trazer algum alívio térmico. Neste fim de semana, estados do Sul já começaram a sentir o impacto de uma frente fria. Na segunda-feira (10), o fenômeno climático avança e chega à região Sudeste.
Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), as temperaturas máximas devem seguir lá no alto por alguns dias, mas a maior concentração de nuvens contribui para pancadas de chuva. O tempo deve ficar mais ameno só a partir de quinta-feira.
Em fevereiro, a cidade de São Paulo recebeu chuvas em quantidade 8,8% abaixo da média, de acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da prefeitura). Já o mês de março já costuma ser menos chuvoso, mas considerando a falta de registros até agora, a expectativa é que passe longe das expectativas.
O calorão, que perdurou durante todo o Carnaval, também contribuiu para aumentar o interesse de buscas por “frente fria”, que atingiu o maior índice para um mês de verão nos últimos cinco anos. Considerando as outras estações, o maior pico anterior ocorreu em julho de 2021, quando ao menos 16 pessoas em situação de rua morreram na capital paulista em consequência de uma forte onda de frio.