Dia Mundial de Combate ao Câncer: saber mais para evitar, tratar e curar

Oncologista Antonio Buzaid destaca inovações no tratamento contra a doença

Dr Antonio Buzaid

Vida e Saúde

Neste espaço, os profissionais do Instituto Vencer o Câncer trazem informações sobre saúde, bem-estar, qualidade de vida e novidades na prevenção, diagnóstico e tratamento dos diversos tipos de tumores.

Campanhas informam sobre tipos de câncer
Campanhas informam sobre tipos de câncer
Teyssier Gwenaelle por Pixabay

Neste 8 de abril, lembramos mais um Dia Mundial de Combate ao Câncer. Estimativas internacionais apontam que, em poucos anos, o câncer será a principal causa de mortes no mundo. Aqui no Brasil, só em 2023, serão mais de 704 mil novos casos da doença, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). 

Nos últimos anos, tivemos algumas novidades que apresentaram uma nova perspectiva de abordagem dos tumores. Uma destas inovações são os chamados “anticorpos conjugados à droga” (aqui conjugado significa ligado à droga, em geral, uma quimioterapia).

Nesta estratégia, o anticorpo migra pelo sangue, identifica a célula cancerosa e libera quimioterapia predominantemente no ambiente tumoral. Assim, mais células com câncer são atingidas e as células saudáveis são poupadas, o que reduz os efeitos colaterais. 

Imunoterapia e a evolução da terapia celular

Outra área que apresenta crescimento na Oncologia é a imunoterapia, que são os medicamentos que estimulam o sistema imune e permitem que as células de defesa do organismo possam combater as células cancerosas. Esta classe de tratamento já é utilizada para tratar diversos tipos de tumores.

Por fim, uma área muito promissora é a terapia celular. Esta técnica consiste em utilizar células do sistema imune do paciente, modificando-as para transformá-las em um “soldado de elite”, capaz de visualizar e destruir as células cancerosas.

Uma destas terapias é o CAR-T Cell, que está claramente produzindo avanços em cânceres hematológicos. Neste procedimento, é necessário coletar os linfócitos (células de defesa do organismo), produzir as alterações genéticas em laboratório e, depois, fazer a infusão das células modificadas.

Precisamos conscientizar a população sobre prevenção, fatores de risco, sintomas e possibilidade de tratamentos. Quanto mais entendermos e soubermos como prevenir e tratar, maiores as chances de desfechos positivos para a doença.

Dr Antonio Buzaid

Diretor Médico Geral do Centro Oncológico Antonio Ermírio de Moraes, BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo. Cofundador do Instituto Vencer o Câncer