Maio Cinza chama atenção para diagnóstico e tratamento dos tumores de cérebro

Oncologista Camila Yamada destaca a importância da investigação dos sintomas neurológicos

Dra Camila Yamada

Vida e Saúde

Neste espaço, os profissionais do Instituto Vencer o Câncer trazem informações sobre saúde, bem-estar, qualidade de vida e novidades na prevenção, diagnóstico e tratamento dos diversos tipos de tumores.

Câncer de cérebro
Câncer de cérebro
Vencer o Câncer

Os tumores primários cerebrais (ou seja, aqueles que tem seu início neste órgão) resultam de um crescimento anormal de células que pertencem ao sistema nervoso central como cérebro, meninges, epêndima e nervos. Eles podem ser benignos ou malignos, podendo acometer qualquer faixa etária. 

Há alguns tipos que são mais frequentes em indivíduos mais jovens, incluindo faixa infantil como ependimomas e meduloblastomas, adultos jovens como gliomas IDH mutantes, e idosos como glioblastoma. Os tumores cerebrais são considerados raros em adultos, mas é o segundo mais frequente na infância.

Os fatores de risco mais bem estabelecidos são radiação prévia ou síndromes genéticas. Na minoria dos casos há um fator causal identificável.

Os sintomas de um tumor cerebral podem variar a depender da localização, tamanho e velocidade de crescimento. Os mais frequentes são dores de cabeça, vômitos, crises convulsivas, alterações focais como perda de força, dificuldade de fala, alteração visual, visão dupla, tontura, alteração memória ou comportamento, entre outros. 

Diagnóstico e tratamento do câncer cerebral

A investigação inicial dos tumores cerebrais consiste na realização de exames de imagem como tomografia e preferencialmente ressonância magnética. Os exames de imagem são uma importante ferramenta para auxiliar na suspeição do diagnóstico e auxiliar no planejamento cirúrgico.

O tratamento em geral consiste em abordagem cirúrgica a mais ampla possível, preservando ao máximo as funções da área acometida. A análise do tumor retirado que consiste na histologia ou anatomia patológica e imunohistoquimica/ testes moleculares são os exames para definição do diagnóstico. 

A depender do diagnóstico e extensão da cirurgia, uma equipe multidisciplinar definirá se é necessário algum tratamento complementar como radioterapia e quimioterapia, além de verificar necessidade de exames complementares, como tomografias de outras áreas do corpo, análise liquor, outros testes moleculares.

Para os tumores cerebrais, não há recomendação de exames de rastreamento de rotina como há para câncer de mama, colorretal, próstata, colo de útero e pulmão. 

Por isso, caso você tenha algum sinal ou sintoma neurológico, independentemente da idade, procure seu médico para melhor investigação e orientação. 

Dra. Camila Yamada

Médica Oncologista Clínica Hospital BP e BP Mirante (A Beneficência Portuguesa de São Paulo);
Chair LACOG Neuro-Oncology Group – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer