Um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz, com 44 mil fumantes, aponta que a pandemia fez crescer o consumo de cigarros. Dos entrevistados, apenas 12% reduziram a quantidade fumada por dia, mas 34% assume que o consumo cresceu.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano, sendo que a maioria dessas mortes são resultado direto do uso do produto – enquanto cerca de 1,2 milhão são mortes de fumantes passivos.
Cerca de 428 pessoas morrem devido ao consumo de cigarro por dia, principalmente em países de baixa renda. Para falar sobre esse problema, o Melhor da Tarde recebeu a médica Jaqueline Scholz, diretora do programa de tratamento do tabagismo do Incor.
“Quando você tem uma situação como essa que estamos vivendo, de longa duração, muitas pessoas aumentaram o consumo de tabaco e isso aumenta o risco cardiovascular. O cigarro é um agressor e está diretamente ligado ao risco de infarto e AVC”, contou Scholz.
“A principal recomendação que eu faço para as pessoas que é tentem manter o consumo [ao invés de aumentar]. Por isso, eu ensino uma técnica que é fumar de castigo, que pode ajudar a parar de fumar”, completou a médica.
A técnica consiste em fumar o cigarro em uma área isolada, de pé e olhando para parede. O ideal é que o local também seja distante de onde se está, para ter uma locomoção. A ideia é reduzir o prazer no ato do consumo, de acordo com a especialista.