Um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz, com 44 mil fumantes, aponta que a pandemia fez crescer o consumo de cigarros. Dos entrevistados, apenas 12% reduziram a quantidade fumada por dia, mas 34% assume que o consumo cresceu.
Para falar sobre esse problema, o Melhor da Tarde recebeu a médica Jaqueline Scholz, diretora do programa de tratamento do tabagismo do Incor. Durante o bate-papo com Catia Fonseca, a médica falou sobre a influência da publicidade no consumo de tabaco.
“Não é nem a questão do estímulo visual, a questão é o comportamento. Existe uma publicidade subliminar. Há interesse na indústria do tabaco em promover isso em realities. Caberia até uma sanção pública. Por que seleciona participantes que tem esse tipo de comportamento?”, questionou.
“Isso induz as pessoas a acharem que é legal. É uma propaganda subliminar. No início do cinema, milhões de pessoas começaram a fumar porque eles disseminaram que fumar era cool de forma indireta. No meu ponto de vista, é uma propaganda antiética e amoral”, afirmou.