Sob um calor de mais de 30ºC, 70% de Porto Alegre está sem fornecimento de água. As estações de bombeamento estão submersas ou sem energia. A corrida para garantir o mínimo gera filas permanentes em locais onde há bicas e poços artesianos.
Muitas dessas pessoas que buscam água são desalojadas de pontos inundados na capital e Região Metropolitana. Elas perderam tudo e, agora, vivem um novo desafio na casa de familiares.
Nas áreas atingidas pela enchente, também não há energia. Foi desligada por segurança. São milhares de imóveis sem luz. Nos postos de gasolina, onde há combustível, as filas são constantes.
O auditor Ricardo Lied saiu do prédio onde estava ilhado com o cachorro e enfrentou dificuldade para abastecer o carro para deixar a cidade. À Band, ele contou que passou em 8 postos, mas todos estavam sem gasolina.
Em alguns supermercados, já faltam produtos como ovos, água mineral e hortifrúti. Os sindicatos dos postos e dos mercados dizem que, apesar das dificuldades logísticas, não haverá desabastecimento total.
Bandidos aproveitam tragédia
Em meio às inundações, enquanto vítimas são resgatadas, outro problema é a segurança. Há registros de assaltos a voluntários que atuam em resgates. Três pessoas foram presas, suspeitas de saques e assaltos. Vídeos que circulam na internet mostram o que seriam ladrões que assaltavam de barco.
Também foram registrados saques em cidades do interior e da Grande Porto Alegre. Na capital, a arena do Grêmio, que já tinha servido de abrigo e acabou inundada, foi saqueada. A polícia reforça a segurança para evitar novos crimes.
