Jornal da Band

PGR descarta prisão de Bolsonaro após ida à embaixada

Nos bastidores, o procurador-geral disse que considera a detenção "algo drástico", que precisaria de "motivos fortes", o que não seria o caso agora

Por Caiã Messina

A Procuradoria-Geral da República já começou a analisar as imagens e a argumentação da defesa de Jair Bolsonaro sobre a ida do ex-presidente à embaixada da Hungria. 

Com a folga da Justiça por causa da Páscoa, o parecer só deve chegar ao supremo tribunal federal na segunda-feira (1º). A avaliação na PGR é que esse é um dos processos considerados "sensíveis", por isso, o procurador-geral Paulo Gonet pretende decidir pessoalmente sobre o caso.

Gonet já adiantou a colegas que não deve pedir a prisão de Bolsonaro. Nos bastidores, o procurador-geral disse que considera a detenção "algo drástico", que precisaria de "motivos fortes", o que não seria o caso agora. 

Mas ele deve recomendar outras medidas. Entre elas, a proibição de entrar em embaixadas. O uso de tornozeleira eletrônica teria sido descartado pelo procurador. 

O ministro Alexandre de Moraes vai se pronunciar sobre o caso depois que receber o parecer do Ministério Público.

A defesa do ex-presidente argumenta que ele esteve na embaixada apenas para "manter contatos" internacionais, e que a hipótese de fugir ou pedir asilo à Hungria seria ilógica. Nesta quarta-feira (27), Bolsonaro esteve na filiação do senador Izalci Lucas ao PL, mas não falou sobre o assunto.

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