Band Multi - Campinas e Região

Campinas 248 anos: Cidade que acolhe

Quem veio para Campinas, diz que não troca a metrópole por nada

Amanda Florentino

Rua 13 de Maio, no Centro de Campinas Arquivo pessoal
Rua 13 de Maio, no Centro de Campinas
Arquivo pessoal

Aos 248 anos, Campinas tem muitos moradores que não são naturais da cidade. A metrópole tem fama de ser hospitaleira, acolhedora e receber muito bem as pessoas que vêm de fora.  Essa é a terceira de quatro matérias especiais que produzimos para celebrar o aniversário de Campinas, comemorado nesta quinta-feira, 14 de julho.

Não é preciso andar muito por Campinas para encontrar pessoas com boas histórias que escolheram e que foram muito bem acolhidas pela cidade. São pessoas que vieram de outros países, estados e cidades para tentar uma vida aqui, pelos mais diversos motivos.

Andando pelo Largo do Rosário, no Centro de Campinas, encontramos a dona de casa Damiana dos Santos. Há três meses, ela veio do Estado do Piauí com os dois filhos, de 17 e 20 anos, para morar por aqui. O marido da Damiana já estava morando na cidade desde 2014, quando veio a trabalho. Agora, a família está reunida novamente.

De acordo com Damiana, ela não poderia ter escolhido uma cidade melhor para viver, “eu gostei daqui, eu gosto muito daqui e pretendo ficar aqui. Gosto das pessoas daqui, acho elas muito acolhedoras. É a minha cidade do coração”. 

Nas ruas de Campinas, encontramos mais um piauiense que veio para Campinas com o sonho de ter uma vida melhor. O comerciante José dos Santos, mais conhecido como Zé, veio de Caraúbas (PI), em 1996, para ganhar a vida em Campinas. E ele conseguiu!

Logo que chegou na metrópole, o Zé trabalhou por 20 anos em uma rede de restaurante, até que resolveu abrir o próprio negócio. Há sete anos, o comerciante é dono de uma banca de salgados que fica na Avenida João Jorge, em Campinas.

Da banca de salgados, Zé tira o sustento dele e da família. Segundo o comerciante, a gratidão dele pela cidade é imensa, “não posso reclamar de nada. Campinas é maravilhosa, uma cidade grande, boa para se morar. É a cidade que me acolheu. Eu vim do norte sem saber nada, sem ter nada, hoje eu tenho minhas coisinhas para sobreviver e tudo agradeço a Campinas”.

Campinas também proporciona histórias de amor e junta casais. A Vânia Batista é esposa do Zé. A também comerciante veio do Estado da Bahia e, encontrou aqui em Campinas, o amor da vida dela. O casal se conheceu no trabalho, se casaram e tiveram um filho.

“Meu filho ama Campinas, acho que ele não sairia daqui por nada e eu também não, essa cidade me acolheu. Uma cidade  grande, com um jeitão de interior, para mim, é perfeita. Eu saí da Bahia, meu marido do Piauí, e a gente se encontrou aqui. A gente não tinha nada, daí a gente se casou, agora tem família e foi tudo aqui em Campinas. Parabéns, Campinas! Que a cidade continue assim e que os governante e a gente, como cidadãos, cuidemos bem dela”, conta a comerciante Vânia Batista.

Como visto na matéria especial anterior, Campinas tem um polo educacional consolidado e, esse é um dos motivos que faz muitas pessoas virem para a cidade em busca dos estudos. O curioso é que muita gente, após finalizar os estudos, acaba fazendo a vida na metrópole.

O médico ginecologista, Odair Albano, é um exemplo de pessoa que veio à Campinas para estudar e criou raízes na cidade. Em 1972, o doutor Albano foi aprovado no vestibular de medicina da Unicamp. O médico saiu de São Paulo Capital, veio morar em Campinas e nunca mais foi embora.

Para se manter na cidade, doutor Albano deu aulas em cursinhos e, em 1977, já estava formado e fez carreira de ginecologia em Campinas. O médico já realizou milhares de partos e, de acordo com ele, a cada parto, sente uma emoção diferente.

O médico é um paulistano que é mais campineiro do que tudo. Ele já foi secretário de saúde da cidade, presidente do Hospital Mário Gatti e, até já recebeu o título de cidadão campineiro pela Câmara dos Vereadores de Campinas. Segundo doutor Albano, ele não troca Campinas por nada, “vim para Campinas para fazer um curso na Unicamp. Campinas era uma cidade pioneira na saúde, na educação e nas oportunidades de trabalho. Eu tenho muito a agradecer a cidade”.

Essa é Campinas, uma cidade de boas oportunidades, que acolhe, junta e recepciona as pessoas da melhor forma possível. É por isso que quem vem para a cidade, não troca a vida no município por nada!