A partir desta segunda-feira (4), todos os 645 municípios do Estado de São Paulo estão autorizados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a receber o sinal da internet 5G. Até então, 320 cidades contavam com essa liberação.
A ativação do 5G, porém, não significa que a tecnologia, que oferece uma navegação até 100 vezes mais rápida e já está disponível em 145 municípios paulistas, será ativada imediatamente nas demais cidades.
A liberação da Anatel é necessária para que as operadoras de telecomunicações invistam na infraestrutura do 5G, que exige um número de antenas até 10 vezes maior que o 4G, mais próximas umas das outras e instaladas nos mais variados espaços, como semáforos e fachadas de imóveis.
Por conta disso, é preciso que cada cidade atualize a chamada “lei das antenas”, que determina onde os novos equipamentos serão instalados. Outro passo é a realização de uma “limpeza de faixa”, que inclui a troca das antenas parabólicas de TV tradicionais pelas digitais, para evitar interferências com o 5G.
"Na hora de priorizar esse avanço do 5G, as empresas vão obviamente levar em consideração os municípios que já estão prontos para essa expansão, o que significa ter a faixa limpa e a legislação atualizada ", explica Thiago Camargo Lopes, diretor de Projetos e Inovação da InvestSP, agência de promoção de investimentos vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo (SDE).
Em abril, o Governo de São Paulo lançou o TecnoCidades, programa pelo qual a InvestSP tem mobilizado gestores locais de todo o Estado para acelerar a atualização das leis das antenas e a troca das parabólicas.