Superfungo: prefeitura confirma primeiro caso de Candida auris em Campinas

A vítima é um bebê internado no Caism da Unicamp

Por Rafaela Oliveira

Superfungo: prefeitura confirma primeiro caso de Candida auris em Campinas
A vítima é um bebê internado no Caism da Unicamp
Divulgação

A Secretaria de Saúde de Campinas (SP) confirmou, nesta quarta-feira (7), o primeiro caso do superfungo Cândida auris em um bebê prematuro internado no Caism da Unicamp. Esse é o primeiro caso no estado de São Paulo. 

Até o momento, segundo nota do hospital, nenhum profissional ou paciente foi diagnosticado com o agente patológico. Ainda, a unidade de saúde afirma que seguirá com novos rastreamentos e reforço das medidas já adotadas.

O caso foi detectado no dia 18 de maio – há 21 dias – e veio à público hoje. Em nota, o Hospital da Mulher Prof. Dr. J. A. Pinotti (Caism) informa que exames realizados em um paciente neonatal confirmaram a presença do fungo Candida auris.

O paciente está sendo acompanhado pela equipe médica da unidade, e apresenta boa evolução clínica, ainda conforme nota do hospital.

Tendo em vista a resistência do fungo à medicamento, o Caism assegura que "todas as medidas de contenção da disseminação estão sendo adotadas, com ampla investigação em relação aos profissionais e pacientes do hospital”.

A Candida auris é um fungo emergente que representa uma grave ameaça à saúde global devido à capacidade do microrganismo de resistir aos principais medicamentos antifúngicos. 

A resistência do fungo permite que sobreviva em instrumentos médicos, que, no atendimento de sucessivos pacientes, podem carregar o fungo de um para outro provocando um surto. Mas, causa doença apenas em pacientes muito suscetíveis a infecções sistêmicas.

O fungo é um agente oportunista, que aguarda condições para se manifestar, atingindo principalmente pacientes hospitalizados, em especial, internados e gravemente enfermos e imunodeprimidos. 

A maioria das infecções por Candida auris documentadas no mundo aconteceram em ambientes hospitalares, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).