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Buscas por helicóptero desaparecido em SP somam mais de 90 horas de voo

Piloto e outras três pessoas estavam a bordo

Redação Band Vale

Buscas são realizadas pela FAB
Buscas são realizadas pela FAB
Divulgação/ FAB

As buscas pelo helicóptero que desapareceu com quatro pessoas no Litoral Norte de São Paulo completam 10 dias nesta quarta-feira (10). Apesar dos esforços da FAB (Força Aérea Brasileira) e da Polícia Militar, o veículo ainda não foi encontrado. As aeronaves já cumpriram aproximadamente 92 horas de voo.

Histórico do caso

- A decolagem do helicóptero ocorreu no início da tarde do dia 31 de dezembro no Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Ilhabela, no litoral norte. O desaparecimento aconteceu aproximadamente duas horas depois.

- O último contato do piloto com a torre de controle foi em torno das 13h10, enquanto sobrevoava a cidade de Caraguatatuba.

- Segundo informações da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a aeronave - prefixo PRHDB, modelo Robson 44 (cinza e preto) - estava com a situação regularizada.

Sobre as vítimas

Os ocupantes do voo foram identificados como Luciana Rodzewics, sua filha Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, o amigo da família Rafael Torres e o piloto, cujo nome ainda não foi divulgado. Antes do desaparecimento, Letícia enviou vídeos e mensagens ao namorado, alertando sobre as condições climáticas adversas, mencionando neblina e baixa visibilidade, e expressando sua intenção de retornar.

Local de pouso forçado é encontrado 

A mais nova peça do quebra-cabeças que tenta localizar o paradeiro do helicóptero que desapareceu a caminho do litoral norte há uma semana foi descoberta por um grupo de voluntários de São José dos Campos, o que possibilitou o avanço das investigações. 

Durante uma operação com o uso de drones, neste sábado (06), eles conseguiram encontrar o ponto exato que a aeronave teria feito um pouso forçado no último domingo, antes de desaparecer. Cerca de sete pessoas participaram da ação. Uma equipe da Band Vale acompanhou com exclusividade o trabalho dos profissionais. 

Área queimada

Uma área queimada no meio da vegetação, próximo a represa, em Paraibuna, foi o que despertou a atenção do grupo. Os voluntários fizeram a comparação com uma foto feita por uma das passageiras e enviada por ela durante a viagem por um aplicativo de mensagens.  

O queimado no gramado mostra que a aeronave teria quase tocado o solo durante o pouso forçado. Mas logo depois o piloto teria alçado voo novamente, quando desapareceu. O ponto encontrado foi informado à polícia, que foi até o local e segue com as investigações a partir da nova evidência.  

Os voluntários são especializados em drones e também pilotos de aeronaves. Eles participam das buscas com autorização das forças de segurança. Além dos drones, a equipe também trabalha a pé pela mata e conta com os relatos de moradores da região.

Buscas pela aeronave

Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), desde 1º de janeiro foram mais de 50 horas de voo com os helicópteros Águia 12, 24 e 33. Eles já sobrevoaram as regiões de Paraibuna, Natividade da Serra, Redenção da Serra, Serra do Mar de Caraguatatuba e São Luiz do Paraitinga.

A Força Aérea Brasileira informou nesta terça-feira (09) que já foram realizadas cerca de 92 horas de voo. 

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