O mercado de trabalho enfrenta muitos desafios em meio à pandemia da Covid-19, que transformou muitas funções nas relações profissionais. Uma destas mudanças foi o home office, saída implantada por empresas para evitar aglomerações e aumentar a segurança dos trabalhadores.
É o caso do Grupo Ourho, empresa com 1.500 funcionários de São José dos Campos. Algumas mesas estão desocupadas faz tempo. Mas isso não quer dizer que o trabalho parou, é que ele está sendo realizado em outro lugar por parte dos trabalhadores.
Um destes colaboradores é a Adrielle Nogueira. Mesmo em casa, ela não deixa de colocar o uniforme. Na parede, um quadro concentra todas as tarefas.
“Tudo que eu consigo adiantar em casa, eu adianto. Uma ou duas vezes por semana, vou para a empresa para aplicação de testes mais específicos. Depende da demanda da semana, mas acontece assim”, explica Adrielle Nogueira, assistente de recrutamento e seleção.
O Grupo Ourho oferece serviços de RH, controle de acesso e zeladoria de condomínios em São José dos Campos. Há um ano, 15% dos trabalhadores passaram a desempenhar suas funções de casa pra evitar que os escritórios ficassem cheios e, assim, ajudar na prevenção à Covid-19. Pra isso, a empresa forneceu os equipamentos necessários para os colaboradores, como notebooks e celulares.
Pra uma empresa, manter uma parte dos funcionários em home office tem desafios. Isso porque o gestor precisa acompanhar o colaborador de alguma forma pra saber como estão suas tarefas.
A solução na empresa foi realizar videoconferências com os funcionários que estão de home office. Todos os dias, há reuniões rápidas pela tela do computador.
“É importantíssimo você acompanhar esse colaborador. Você chamar no facetime, no zoom. Você olhar para carinha dele, se está satisfeito, está feliz. Com certeza, ele terá um desempenho bem bacana”, explica Luzia Gasetta Tschizik, diretora corporativa do Grupo Ourho
Para Guilherme Santos Monteiro, que é coordenador de RH de uma fábrica de Jambeiro, o home office aumentou a produtividade. Atualmente, ele faz boa parte das tarefas no conforto do apartamento, em São José dos Campos.
“Quando você está no dia a dia de indústria, de fábrica, você é parado a cada cinco minutos por reunião, por pessoas que entram na sala. Eu tenho uma questão com foco, que não posso ouvir muito barulho, em casa, é muito mais tranquilo”, diz.
