Jogar vídeo game virou profissão! Até bem pouco tempo atrás, o videogame não passava de um lazer para descansar a cabeça e se distrair. Mas hoje há atletas no Vale do Paraíba que são reconhecidas mundialmente, com direito a boas premiações.
Mas o que é o eSports?
Os esportes eletrônicos, ou os “eSports”, começaram a despontar no final do século passado. O aumento dos adeptos é recente, mas significativo, se você levar em consideração que a tecnologia avançou muito neste século. Desde a criação da banda larga e a conexão entre redes e computadores, o mundo ficou mais conectado do que nunca. Com isso, várias regiões do planeta perceberam os benefícios, tanto físicos como mentais, dos jogos virtuais e como a competição envolvendo o videogame pode sim ser um esporte.
Várias competições de inúmeros jogos pelo mundo foram surgindo. Jogos como Counter-Strike, League of Legends, Dota e também os jogos de futebol virtual fazem os fãs irem a loucura, criando organizações e times para competições de eSports. Hoje, com as plataformas de streaming, e as inúmeras formas de transmissão, as competições são cada vez mais acessíveis.
O País do futebol e o videogame: Qual a conexão entre eles?
O Brasil é conhecido e considerado como um dos países mais reveladores de craques da história do futebol mundial, e isso muito por conta da nossa cultura pelo esporte bretão. E, incrivelmente, no mundo do futebol virtual estamos também no alto da tabela.
No jogo FIFA (atual EA FC), que é considerado o jogo de eSports mais popular do mundo, o Brasil é um dos principais “celeiros” de jogadores profissionais. A atual bi-campeã mundial do jogo é a seleção brasileira. E entre os integrantes está o joseense “Klinger” Castro, que conversou com o Jornalismo da Band Vale e explicou um pouco mais sobre a rotina de um profissional de eSports.
Klinger Castro é campeão mundial pela seleção brasileira em 2022 no FIFA.
Nascido em São José dos Campos, Klinger Castro é um dos grandes nomes do país na modalidade de futebol virtual, em especial no atual EA FC (antigo FIFA). Klinger conta das dificuldades do início: “Foi logo que terminei o ensino médio, pois já gostava de videogame, e então peguei para me profissionalizar, já que vi que era algo que podia me dar uma rentabilidade, eu poderia começar a viver disso”.
Klinger conta que depois da decisão de se profissionalizar, começou a disputar campeonatos organizados por uma equipe de e-Sports, e assim ganhou experiência na área. Dois anos depois, conseguiu um contrato com a equipe Netshoes Miners, uma das maiores equipes do Brasil na modalidade, onde continua até hoje.
Questionado sobre como funciona a rotina de treinamentos e a vida de um profissional de e-Sports, Klinger diz como a preparação, tanto física quanto psicológica, é importante para o desempenho nos gramados virtuais:“Tenho sessões de treino de 2 a 3 horas por dia com meu coach, mas além disso, também há uma rotina baseada em preparações fora do jogo, como jogar futsal, correr na rua, fazer academia, para poder me preparar mental e fisicamente para os dias de campeonatos, que são muito longos e cansativos”.
Mesmo com tanta visibilidade, o joseense lamenta também o fato de o e-Sports ser ainda pouco comentado no Vale do Paraíba. “A falta de competições e campeonatos, mesmo que de pequena expressão, faz com que nada desperte o interesse e traga oportunidades para pessoas que querem participar e se inserir no cenário competitivo eletrônico. ”
Por Yves Romano
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