Natália Lúcia Xavier Carrera, de 35 anos, foi presa por engano enquanto comemorava o próprio aniversário, no último sábado (11), em Cruzeiro. Mãe de quatro filhos, ela trabalha como diarista em dez casas diferentes na cidade e foi confundida pela Polícia Civil com uma mulher de mesmo nome, suspeita de ter participado em um homicídio registrado na cidade no fim de maio.
A diarista comemorava o aniversário com a mãe, o marido e três filhos, quando policiais civis foram até sua casa. Um dos filhos, de 13 anos, atendeu a porta e chamou a mãe. A Polícia Civil procurava por uma mulher chamada Natália. A vítima da prisão por engano foi detida na frente de outros dois filhos, de 12 e 10 anos.
Natália afirma que não foi comunicada pelos agentes sobre o motivo da detenção. Ela foi levada para a Delegacia de Cruzeiro. Na delegacia, ela também afirma não ter sido informada, e que só teria descoberto a acusação de homicídio porque a mãe dela, de 54 anos, estaria questionando os policiais sobre a prisão.
Ela começou a suspeitar que houve um engano por causa do seu nome. Na mesma rua dela, mora uma outra mulher, também batizada como Natália e que tem quatro filhos. A vítima da prisão por engano explicou a confusão para o advogado, após a audiência de custódia feita em Guaratinguetá no domingo. A vítima ainda dormiu de domingo para segunda-feira na cadeia de Cruzeiro e só foi solta na segunda.
Natália só pôde voltar para a casa depois que a Polícia Civil confirmou que houve um erro na identificação da suspeita de ter participado do homicídio no fim de maio. O delegado responsável emitiu um manifesto ao Juiz e, após isso, o Tribunal de Justiça revogou a prisão.
A vítima da prisão por engano, Natália Lúcia Xavier Carrera, tem apenas o primeiro nome igual ao da mulher que é procurada e suspeita de ter participado do homicídio. A SSP (Secretaria de Segurança Pública) foi procurada e não respondeu até o momento.