Preço médio da cesta básica sobe mais de 22% no Vale do Paraíba em um ano

Cenoura, tomate, cebola, macarrão e feijão carioquinha têm altas expressivas

Por Leandro Oliveira

Preço médio da cesta básica sobe mais de 22% no Vale do Paraíba em um ano Divulgação/Nupes
Preço médio da cesta básica sobe mais de 22% no Vale do Paraíba em um ano
Divulgação/Nupes

Um levantamento do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais) da Unitau apontou que o preço médio da cesta básica no Vale do Paraíba subiu 22,8% no Vale do Paraíba entre março de 2021 e fevereiro de 2022. 

O estudo do Nupes leva em conta os produtos analisados em Taubaté, São José dos Campos, Caçapava e Campos do Jordão

Em março de 2021 a cesta básica com preço médio mais barata na região era a de Taubaté, com custo de R$ 1.998,82 e a mais cara a de Caçapava, com preço de R$ 2.106,21. Neste ano as cestas custam R$ 2.449,46 e R$ 2.541,07, respectivamente. 

A maior variação de preços nesses nesse período foi registrada em Campos do Jordão, que tinha cesta com preço médio de R$ 2.012,67 e hoje tem a mais cara do Vale do Paraíba, com R$ 2.581,44. A variação foi de 28,26%.

O item que apresentou a maior variação de preço entre março de 2021 e fevereiro de 2022 foi a cenoura, que chegou a ter alta de 92% do seu preço em Campos do Jordão. A variação média do alimento na região foi de 53%. Tomate e cebola também tiveram alta de 30,59% e 19,11%, respectivamente.

“A manutenção dos altos preços se deve à oferta restrita, pois o clima com muitas chuvas prejudicou a produtividade e vem gerando aumentos persistentes de preços. Além disso, há o aumento nos custos de produção e distribuição gerado pela alta nos preços dos fertilizantes e combustíveis”, justifica o Nupes, sobre a variação do preço da cenoura.

Alimentos como macarrão, com variação de 10,51%, óleo de soja, com 10,10%, farinha de trigo, com 6% e feijão carioquinha com 7,8% também apresentaram alta considerável. 

Por outro lado, a mandioca, a farinha de mandioca e a laranja pera registraram redução de preços, com queda de 13%, 7% e 6% respectivamente. 

A queda no preço da mandioca se dá pela chegada de uma nova safra ao mercado da região Centro Sul, o que provoca maior oferta, de acordo com o Nupes. Já sobre a laranja pera, a justificativa é o enfraquecimento da demanda por frutas cítricas desde o início de março.

Neste ano

Entre fevereiro e março deste ano a variação da cesta básica também apresentou alta. A média para a região ficou em 3,97%. A maior oscilação foi em Campos do Jordão, com 4,79%, seguida por Taubaté com 3,81%, São José com 3,64% e Caçapava com 3,63%.

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