Valor da cesta básica no Vale do Paraíba apresenta queda de 0,97% em agosto

Esse é o terceiro mês consecutivo de queda na região

Redação Band Vale

Valor da cesta básica no Vale do Paraíba apresenta queda de 0,97% em agosto
Cesta
Reprodução/Freepik

O valor da cesta básica no Vale do Paraíba apresentou uma queda de 0,97% no mês de agosto de 2024. Os dados foram publicados pelo Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais da Universidade de Taubaté) nesta segunda-feira (2).

Esse é o terceiro mês consecutivo de queda na região. Em agosto a cesta básica apresentou uma queda, ampliando a sequência de baixa dos preços de julho que foi de – 1,68%. Embora seja uma queda menos acentuada, elas acumulam nos três meses uma queda de 3,20%.

O valor da cesta básica passou de R$ 2.732,21 em julho para R$ 2.705,46 em agosto, apresentando assim, a queda em valor de R$ - 26,75. Todas as cidades tiveram variações médias negativas de preços, com maior variação de -1,38% na cidade de Taubaté e, uma menor variação de -0,15% em São José dos Campos. 

As cidades de Caçapava e Campos do Jordão apresentaram variações negativas de -1,08% e, – 1,26%, respectivamente.

A cidade com a cesta mais cara da região, com o valor de R$ 2.766,95, continua sendo Campos do Jordão. A cidade de São José dos Campos continua tendo a cesta mais barata da região com R$ 2.651,09. A diferença no preço da cesta mais cara em relação a cesta mais barata, entre os dois municípios (Campos do Jordão e São José dos Campos) foi de + R$ 115,86 o que representa uma diferença percentual de + 4,37%.

Alimentos que apresentaram maiores aumentos de preço

Mamão formosa + 7,50% 

O aumento dos preços do mamão em agosto indica um realinhamento de preços depois de dois meeses de queda (junho e julho). Com o clima mais adverso para a cultura do mamão a queda da oferta reflete as condições climáticas e elevação da demanda interna e externa (exportação). 

Café + 4,76% 

Depois de estabilidade dos preços por vários meses, o café voltou a subir levemente no mercado, forçado pela combinação de dois fatores básicos: o clima adverso para cultura do café e as instabilidades cambiais que aumentaram os custos logísticos. 

Farinha de trigo +4,21%, Pão Francês +3,92% e Macarrão +3,20%

O aumento nos valores destes produtos pode ser justificado pela alta do dólar durante o mês de agosto, que aumentou o custo de importação do trigo. O caso do pão francês pode ter novos aumentos nos próximos meses em razão do aumento no preço da energia elétrica, com a nova bandeira tarifária. 

Carne bovina – contrafilé + 3,89% 

Depois das quedas dos preços e relativa estabilidade da carne bovina nos últimos meses, agosto assiste a uma leve alta da carne, particularmente, do contrafilé. Os motivos parecem estarem vinculados à menor oferta de animais. 

Alimentos que apresentaram maiores reduções de preço

Cebola - 26,80% 

A maior produtividade da produção no cerrado (Triângulo Mineiro (MG) e de Cristalina - GO) acentuou o aumento da oferta favorecendo à queda dos preços. O realinhamento de preços também é uma das razões da redução nos preços, lembrando que o produto apresentou alta expressiva nos meses anteriores. 

Cenoura - 22,51% 

Esse é um dos destaques no segmento de hortifrúti, uma vez que os preços têm oscilado sistematicamente devido às condições climáticas (volume de chuvas e de temperaturas) e período de safra e entressafra.

Batata inglesa - 19,58% 

O aumento da oferta explica a queda dos preços da batata inglesa, o clima favorável e o período de colheita favoreceram a maior oferta frente a demanda. O clima seco pode dificultar a colheita nos próximos meses o que pode provocar elevação nos preços. 

Tomate – 19,49% 

A queda de preços em agosto acentuou a desvalorização do tomate verificada em julho. A intensificação da safra de inverno e ao aumento no ritmo de maturação devido ao clima mais quente parecem explicar a queda dos preços. 

Mandioca – 9,83% 

Com a oferta maior verificada em agosto, o comportamento dos preços se inverte e a mandioca volta a ter preços em queda. 

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