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Análise de cassação do mandato de Chiquinho Brazão fica para o mês que vem

Ação que pede a perda do mandato do deputado já está no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados

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Chiquinho Brazão
Chiquinho Brazão
Cleia Viana/Câmara dos Deputados

O Conselho de Ética da Câmara da Deputados só deve analisar no mês que vem pedido de cassação do mandato do deputado Chiquinho Brazão, suspeito de envolvimento nas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

O colegiado já recebeu o ação apresentada pelo PSOL, partido da vereadora carioca, e a expectativa é que o texto seja analisado na semana do dia 10 de abril. A análise foi adiada porque a Câmara não deve ter trabalhos na próxima semana, que é a última da janela partidária. O presidente do Conselho, Leur Lomanto Junior, confirmou que o processo será instalado na próxima sessão, quando começam a ser contados os prazos processuais. Leur é do União Brasil, mesma legenda de Brazão até a semana passada: ele foi expulso da sigla após ser preso.

O conselho vai, primeiro, decidir se o pedido de cassação é admissível e, caso aceito, o procedimento é iniciado. No fim, o colegiado vota o relatório de um deputado designado para emitir um parecer sobre o pedido. Assim que for aprovado, o relatório segue para o Plenário da Câmara.

Chiquinho e o irmão, Domingos Brazão, também suspeito de envolvimento nos crimes, estão presos preventivamente e foram transferidos da capital federal para outros estados. Chiquinho foi levado para o presídio de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e Domingos para o de Porto Velho, em Rondônia. Também preso na Operaçao "Tempus Veritatis", o delegado Rivaldo Barbosa, suspeito de atrapalhar as investigações, deve permanecer na Penitenciária Federal de Brasília.

A Câmara dos Deputados, além de analisar o pedido de cassaçao, vai analisar, também, o pedido de prisão de Chiquinho Brazão. Por ser um parlamentar com foro privilegiado, ele só fica preso se houver a chancela da maioria absoluta dos parlamentares da casa. Isso já poderia ter ocorrido, mas a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara adiou a discussão, que também será retomada na semana do dia 10 de abril. Até lá, Brazão continua preso.

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