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Avaliação do governo é mais positiva que negativa, diz Alckmin

Ex-tucano usou os indicadores econômicos para justificar a opinião e considerou o cenário mundial e o crescimento de outros países

Da Redação

Geraldo Alckmin em entrevista para Reinaldo Azevedo
Geraldo Alckmin em entrevista para Reinaldo Azevedo
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O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, acredita que os primeiros 16 meses de governo Lula têm uma avaliação mais positiva do que negativa. Em entrevista ao comentarista político Reinaldo Azevedo no O É da Coisa, na Rádio BandNews, o ex-tucano usou os indicadores econômicos para justificar a opinião e considerou o cenário mundial e o crescimento de outros países.

"No mundo inteiro é difícil você ter um governo super bem avaliado, mas eu diria que a avaliação ela é bem mais positiva do que negativa. Você tem uma linha básica, risco país com a inflação e desemprego. O risco Brasil que era 256 caiu para 150. A inflação que era quase 6 e caiu para 4,5. E o desemprego é o menor, caiu para 7,6. Então eu diria que foi um avanço importante, mas isso não deve nos levar à acomodação. Pelo contrário, deve ser um estímulo para a gente fazer mais, poder avançar mais. Ainda mais na questão fiscal", disse Alckmin.

De acordo com a última pesquisa Datafolha divulgada em março, 35% da população consideram o governo "ótimo ou bom", outros 33% acham "ruim e péssimo", 30% avaliam como "regular" e 2% não souberam dizer.  

Segundo o vice-presidente, o Brasil ainda tem dois problemas a serem combatidos: altos juros e impostos, mas que já têm previsão de queda no futuro. "Eu diria que eu vejo com otimismo, porque você tem um tripé câmbio, juros e imposto. O câmbio está competitivo, o câmbio de R$ 5, ele não tendo grandes oscilações, ele ajuda muito a exportação. E a nossa exportação no passado foi recorde, 340 bilhões de dólares. Um fato que chama a atenção é que o mundo não está vivendo um espetáculo do crescimento. Então o comércio exterior cresceu em volume 0,8%, o comércio do mundo. O Brasil cresceu 8%, o Brasil cresceu 8 vezes mais que a média mundial das exportações", disse.

"Os juros ainda estão altos, mas estão caindo. A cada reunião do Copom está caindo meio ponto. E o imposto é alto, mas a reforma tributária vai ajudar, ela vai simplificar, ela vai desonerar. Então eu diria que é trabalhar para poder reduzir o custo do Brasil e aí o reconhecimento popular vem. A gente não deve ficar estressado por questões momentâneas. No mundo inteiro você tem um pouco de exigência a mais, de insatisfação e razão no quadro mais geral", afirmou Alckmin.

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