O Banco Safra volta atrás e adere ao acordo assinado entre Americanas e os maiores credores depois da descoberta de um rombo na rede varejista que ultrapassa R$45 bilhões. Nesta terça-feira (19), será realizada uma assembleia que deve selar o apoio dos titulares de grande parte da dívida da empresa. A instituição financeira tem R$2,5 bilhões a receber da Americanas.
Em janeiro de 2023, um rombo bilionário na companhia repercutiu mundialmente, logo após a nomeação do ex-presidente Sergio Rial, que renunciou após 9 dias de exercício.
Ao longo de anos, para pagar os fornecedores, a Americanas contava com empréstimos do banco. Porém, a empresa registrava dívidas com o fornecedor, sem juros, ao invés das dívidas bancárias.
Nesse período, a empresa entrou em recuperação judicial e a dívida da companhia é próxima de R$42,5 bilhões.
No início de dezembro, o Banco Safra se manifestou contra o plano e afirmou que o acordo impedia que as investigações abordassem "as verdadeiras fraudes da companhia". A Americanas anunciou fraudes contábeis na ordem dos R$20 bilhões.
Empresas como Itaú, Bradesco e Santander são alguns dos nomes que detém parte da dívida da varejista. A empresa precisava de novos apoiadores até esta segunda-feira (18) para alcançar o mínimo de credores com mais de 50% da dívida, antes da realização da assembleia. Segundo a Americanas, com a adesão do Safra, 57% dos credores apoiam a recuperação judicial da companhia.