O ministro Luís Roberto Barroso, toma posse, nesta quinta-feira (28), como novo presidente do Supremo Tribunal Federal.
A expectativa é de que ele herde, no cargo, um acervo de 4.889 processos, segundo a área de transparência do tribunal.
Já o gabinete do Barroso conta, atualmente, com 910 processos.
Pelas regras, o ministro que assume a presidência repassa os processos do próprio gabinete para o que deixou o comando - neste caso, Rosa Weber.
Ela se aposenta nesta segunda-feira (2), e, com isso, o conjunto de procedimentos deve seguir para o sucessor, que deve ser indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Barroso é relator de processos, como a ação que trata da proteção de povos indígenas, a ação que discute o índice de correção do FGTS, a que questiona o piso da enfermagem e, por fim, a que questiona despejos e desocupações de pessoas durante a pandemia da Covid-19.
Nesta quarta-feira (27), em um discurso emocionado, Rosa se despediu de cada um dos colegas e afirmou que foi uma honra ser ministra do STF.
Ela também lembrou que as instituições se uniram após os atos de 8 de Janeiro, e que a Suprema Corte segue defendendo a democracia.
Rosa Weber foi a terceira mulher a integrar o Supremo, e estava na Corte desde 2011, quando foi indicada pela então presidente Dilma Roussef.
Além dela, as ministras Ellen Gracie, que já se aposentou, e Carmen Lúcia, que ainda está no Supremo, foram as outras mulheres que fizeram parte da Corte.
A escolha do sucessor ou sucessora de Rosa só deve ser feita na segunda quinzena do mês de outubro por Lula.
O chefe do Executivo passa por uma cirurgia nesta sexta-feira (29).
Em entrevista ao canal BandNews TV, o ex-ministro Ricardo Lewandowski disse que a escolha do novo membro da Suprema Corte cabe ao presidente da República, mas que deveria refletir a pluralidade da sociedade brasileira.
A posse está marcada para a tarde desta quinta-feira (28), vai contar com a participação de diversas autoridades e terá uma apresentação da cantora Maria Bethânia.