O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (30) a filiação ao Partido Liberal. Este é o nono partido que abriga Bolsonaro desde o início da vida pública. A assinatura da ficha de filiação aconteceu em uma cerimônia em Brasília, que reuniu ministros, senadores e deputados aliados do presidente. O filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, e o ministro de Desenvolvimento Regional, Roberto Marinho, também aderiram ao partido.
O PL é comandado por Valdemar da Costa Neto, político preso no processo do Mensalão. A sigla é integrante do Centrão, bloco de partidos fisiológicos que apoia o governo.
A expectativa é que junto com o presidente, até 20 deputados aliados mudem de partido para acompanhar o chefe do Executivo.
Bolsonaro discursou para os presentes e disse que a filiação é um caminho na busca pela reeleição. O presidente ainda não confirmou oficialmente que disputará um novo mandato, mas tudo indica para isso. Segundo o presidente, a aderência ao PL monta uma nova família na política.
O presidente fez afagos a outros partidos do Centrão, como o PP e o Republicanos. Sobre o atual governo, Bolsonaro elogiou sua equipe de ministros e indicou que a equipe ministerial deve concorrer no próximo ano para dar sustentação para a candidatura de reeleição.
Por fim, Bolsonaro disse que o Brasil tem muito potencial para crescer e que o atual governo foi escolhido para “definir o futuro” do país.
A filiação de Bolsonaro ocorre após semanas de intensas conversas. A filiação, marcada originalmente para o último dia 22, foi adiada após divergências sobre palanques estaduais. O chefe do Executivo pedia o controle dos acordos partidários. Apoios ao PSDB, em São Paulo, e ao PT, no Nordeste, quase ameaçaram a filiação.
O presidente da legenda, Valdemar da Costa Neto, no entanto, cedeu e disse que vai avaliar todas as parcerias previstas.
O filho do presidente também discursou no evento. Flavio Bolsonaro criticou o ex-ministro Sérgio Moro, filiado recentemente ao Podemos e que deve concorrer contra o atual ocupante do Palácio do Planalto.