O presidente Jair Bolsonaro se encontrou, nesta terça-feira (24), com o presidente da Guiné Bissau, Umaro Embaló, em Brasília. Os dois conversaram por meia hora no Palácio do Planalto e Bolsonaro assumiu o compromisso de visitar o país da África Ocidental nos próximos meses.
Ainda segundo Bolsonaro, os presidentes trataram de possíveis cooperações e colaborações em áreas como agricultura, saúde e segurança do Atlântico Sul.
Para a vinda de Umaro Embaló à capital federal, foi enviado um avião da Força Aérea Brasileira. Normalmente, os chefes de Estado vêm ao Brasil usando uma aeronave própria, ou, pelo menos, pagando as despesas dos voos de carreira. No entanto, a prática não é inédita e já foi usada por outros governos brasileiros.
Procurado, o Itamaraty afirmou que o deslocamento do presidente da Guiné-Bissau pela FAB "insere-se no quadro dos laços culturais, históricos, linguísticos e de amizade" que o Brasil mantém com o país, especialmente no contexto da pandemia, que prejudicou as conexões aéreas internacionais.
Embaló é general, já foi primeiro-ministro da Guiné-Bissau e, desde que tomou posse em 2020, vem sendo criticado pela oposição por ações autoritárias. Ele defende uma reforma da Constituição, que, de acordo com opositores, tem como objetivo a concentração de poderes nas mãos do presidente. Ele é chamado por Bolsonaro de "Bolsonaro da África".
