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Bancada Feminina da Câmara protesta contra veto presidencial à distribuição gratuita de absorventes

Deputadas afirmam que a Casa ainda pode derrubar a decisão do presidente Jair Bolsonaro

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A Bancada Feminina da Câmara critica o veto do presidente Jair Bolsonaro à distribuição gratuita de absorventes
A Bancada Feminina da Câmara critica o veto do presidente Jair Bolsonaro à distribuição gratuita de absorventes
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

A Bancada Feminina da Câmara critica o veto do presidente Jair Bolsonaro à distribuição gratuita de absorventes higiênicos para estudantes, mulheres em situação de vulnerabilidade e presidiárias.

Segundo Marília Arraes, do PT, autora do projeto, a Casa ainda pode derrubar a decisão.

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quinta-feira (7) a criação do Programa de Promoção da Saúde Menstrual (Lei 14.214), mas vetou o trecho que prevê a distribuição gratuita de absorventes.

Outros quatro artigos da lei que institui o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual também foram vetados. O presidente derrubou ainda o trecho que previa a inclusão dos absorventes nas cestas básicas distribuídas pelo Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

Em nota, o governo federal informou que no texto do projeto não consta qual seria a fonte de custeio para as despesas.

A procuradora nacional da Fazenda, Herta Teles, que coordenou uma campanha de arrecadação de absorvente em vários estados do país, afirma que o governo não está preparado para leis do tipo.  

O projeto foi sancionado em partes, já que três dos oito artigos do texto original foram mantidos. A promoção de campanhas informativas sobre a saúde menstrual e a garantia dos cuidados básicos de saúde foram alguns dos projetos validados pelo presidente.

Segundo o estudo “Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos” do UNICEF, mais de quatro milhões de meninas brasileiras não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas.

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