O forte terremoto que atingiu Marrocos na noite de sexta-feira (8) já provocou mais de mil mortes, segundo o governo do país. O número de feridos passa de 1.200 e esses números devem aumentar, enquanto as buscas seguem em meio aos escombros.
Segundo o Itamaraty, não há informações de brasileiros que tenham sido vitimas do tremor. No entanto, quem sentiu o abalo relata momentos de pânico. Em entrevista à BandNews FM, a médica Bianca Lundberg contou que ela e o marido só conseguiram deixar o quarto em Marrakech com a roupa do corpo e o passaporte. "Nós estávamos tentando adormecer. Sentimos algo como uma britadeira no prédio inteiro. Tentamos nos esconder e fomos para o batente de uma porta. Quando parou, descemos pelas escadas com os passaportes. Havia muita poeira e fumaçã", conta.
Outro brasileiro, Eduardo Guimarães também ressalta o medo que sentiu durante o terremoto. Ele é diretor pesquisador do Geopark Araripe e faz parte da comitiva do governo do Ceará que está participando de um evento da Unesco no país. "Há muitos escombros nas ruas, pessoas feridas, carros soterrados. No centro, há caos no trânsito. Naturalmente, depois, o trânsito vai diminuindo. Mas, muitas famílias ficaram nas ruas até às sete da manhã", relata.
Participam dos trabalhos de resgate integrantes das forças armadas do Marrocos que ajudam as equipes médicas. Além de ruas, estradas do país também estão bloqueadas. De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o tremor durou cerca de 15 segundos com magnitude 6,8 e a uma profundidade de 18,5 km. O epicentro foi no alto das montanhas do Atlas, a 70 km ao sul de Marrakech.