A falsa médica que usava o CRM de outra profissional para prestar atendimento em um hospital particular na Baixada Fluminense foi solta após decisão judicial. Bruna Carla Oliveira tinha sido presa em flagrante pela Policia Civil por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica.
De acordo com a decisão, ela não cometeu nenhum crime violento, tem endereço fixo e é ré primária - por isso, teve a liberdade provisória concedida. No entanto, Bruna Carla de Oliveira deve cumprir medidas cautelares, como não se ausentar do estado e comparecer mensalmente em juízo.
Em um vídeo divulgado na internet, a médica Bruna Carolina Rodrigues mostra que a mulher usava seu carimbo, com nome e CRM, para realizar atendimentos e dar receitas no Hospital Prontonil, em Nova Iguaçu.
A Policia Civil tenta identificar quantas pessoas foram atendidas e podem ter sido prejudicadas pela falsa médica, que atuava na Unidade de Terapia Intensiva do hospital particular.
O diretor jurídico da unidade de saúde Sancler Costa afirma que a mulher é formada em medicina na Bolívia e que não teve o CRM aceito no Brasil.
Ele afirma que Bruna Carla de Oliveira era terceirizada e que houve uma troca de documentos na hora da contratação.
Em maio, dois falsos médicos foram identificados em unidades de saúde do Rio. Na Unidade de Pronto Atendimento do Engenho Novo, na Zona Norte, um homem apresentou documentos falsos para cobrir um dos médicos do quadro fixo. Ele foi desmascarado após erros de português em receitas, como “potássio” escrito com C e U.
Outro falso médico, que trabalhou de forma ilícita em pelo menos 11 hospitais do Estado, foi preso. Itamberg Oliveira Saldanha teria realizado mais de três mil atendimentos e usava dados de outro profissional, que procurou a Policia Civil e denunciou o caso.