O mês de julho foi marcado pelo aumento no preço da cesta básica em 15 capitais brasileiras. Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo DIEESE em 17 cidades do país. Foram registradas quedas nos valores apenas em João Pessoa (-0,70%) e Brasília (-0,45%). Os maiores aumentos do mês foram encontrados em Fortaleza (3,92%), Campo Grande (3,89%), Aracaju (3,71%), Belo Horizonte (3,29%) e Salvador (3,27%).
Na média, nos últimos 12 meses a variação foi de 22,06%.
A comparação ano a ano entre julho de 2020 e julho de 2021 aponta crescimento no custo em todas as capitais, com destaque ao percentual em Brasília (29,42%). Na análise do primeiro semestre do ano, 14 cidades apresentaram alta de valor na cesta básica.
O DIEESE afirma que, de acordo com a cesta mais cara do país, a de Porto Alegre (R$ 656,92), o brasileiro deveria receber salário mínimo equivalente a R$ 5.518,79, valor 5,02 vezes maior que o piso nacional atual, de R$ 1.100,00. O tempo de trabalho necessário para efetuar a compra ficou em 113 horas e 19 minutos (média entre as capitais), cerca de 2 horas a mais do que o mês anterior.
O trabalhador brasileiro comprometeu, em média, 55,68% do salário mensal para adquirir os itens de necessidade alimentícia para uma única pessoa adulta, a porcentagem cresce quando analisada para uma família.
Os alimentos com maior elevação de preço foram o tomate, que teve aumento de 39,95% em Belo Horizonte, e o café com oscilação positiva de 10,96% em Vitória.